Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos na construção civil e em outros ativos fixos, registra uma queda de 0,4% na comparação entre agosto e julho na série com ajuste sazonal. O resultado sucedeu à baixa verificada no mês anterior, quando o indicador recuou 2%. Com isso, o trimestre móvel encerrado em agosto registrou queda de 2,7% na comparação dessazonalizada. Vale notar que o indicador se situa 18,3% abaixo do máximo atingido na série, verificado em abril de 2013.
Nas comparações com os mesmos períodos de 2022, o indicador mensal apresentou quedas de 6,9% em agosto e 5,5% no trimestre móvel. Em relação aos primeiros oito meses de 2022, o resultado é negativo (-2,5%). Já no acumulado em doze meses, os investimentos totais apresentaram uma queda de 0,4% em agosto.
Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos – medidos segundo o conceito de consumo aparente, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentaram um recuo de 2,4% em agosto, encerrando o trimestre móvel com queda de 2,7%. Quanto a seus componentes, enquanto a produção nacional cresceu 1,4% em agosto, a importação recuou 6,3% no mesmo período, encerrando o trimestre móvel com retração de 2,4%. Nessa mesma base de comparação, a produção nacional encerrou o período com queda de 3,8%. No acumulado em doze meses, o consumo aparente (ou a demanda interna) de máquinas e equipamentos registrou uma retração de 5%.