Por Maria Andreia Parente Lameiras, Carlos Henrique Corseuil, Lauro Ramos e Felipe Mendonça Russo
Os dados mais recentes mostram que embora já se verifique alguns sinais positivos, o mercado de trabalho brasileiro ainda apresenta um quadro desafiador, com taxas de desocupação, subocupação e informalidade ainda em patamares elevados. No entanto, o ritmo de recuperação da população ocupada vem se acentuando nos últimos meses, a ponto de conseguir reduzir a taxa de desemprego mesmo num cenário de recuperação da taxa de participação. Segundo a desagregação dos trimestres móveis da PNAD Contínua, observa-se que, após atingir 15,1%, em março, a taxa de desocupação vem decrescendo, de modo que, em junho, já havia recuado para 13,7%. De modo similar, os dados dessazonalizados indicam que a taxa de desocupação em junho (13,8%) é a menor apurada desde maio de 2020.
As estatísticas extraídas da PNAD Contínua mostram ainda que esse aumento do emprego no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior, ocorreu de forma disseminada entre os diferentes segmentos da população, com destaque para a expansão da ocupação entre as mulheres (2,2%), os jovens (11,8%) e os trabalhadores com ensino médio (7,0%).