Desempenho do PIB no segundo trimestre de 2021

Por Leonardo M. de Carvalho e José Ronaldo de C. Souza Júnior

O PIB recuou 0,1% no segundo trimestre de 2021, na comparação com o trimestre anterior com ajuste sazonal, e teve alta de 12,4% na comparação interanual – de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados vieram em linha com as previsões divulgadas em agosto deste ano na Nota de Conjuntura no 19, que eram de altas de 12,6% na comparação internual e de 0,2% na margem. O resultado do segundo trimestre manteve o carry-over para 2021 em 4,9% – caso permaneça estagnado nos próximos trimestres de 2021, o PIB fecharia o ano com alta de 4,9%.

O produto interno bruto (PIB) recuou 0,1% no segundo trimestre de 2021, na comparação com o trimestre anterior com ajuste sazonal, e teve alta de 12,6% na comparação interanual – de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado interanual veio em linha com a previsão divulgada em agosto deste ano na , que era de alta de 12,6%. O resultado do segundo trimestre manteve o carry-over para 2021 em 4,9% – caso permaneça estagnado nos próximos trimestres
de 2021, o PIB fecharia o ano com alta de 4,9%.

Em relação à ótica da produção, setores como construção, comércio e outras atividades de serviços foram alguns dos destaques positivos. A possível continuidade do crescimento desses setores pode ter impacto significativo sobre a geração de empregos no segundo semestre. A indústria de transformação, em contrapartida, foi e continua sendo impactada negativamente pela escassez de insumos e pelo forte aumento dos custos de transporte internacional (devido à taxa de câmbio e à falta de contêineres) e nacional (devido ao preço dos combustíveis) e de energia elétrica. Com relação às nossas previsões, revisadas em agosto último, a principal surpresa negativa ficou por conta da agropecuária, que, por conta de fatores climáticos – regime de chuvas e geadas –, registrou produção aquém do esperado de grãos importantes no PIB, como milho, e da cana-de-açúcar.

Pela ótica da despesa, o crescimento do consumo das famílias manteve-se estável depois de crescer apenas 0,1% no primeiro trimestre – na comparação com o trimestre anterior ajustada sazonalmente. A formação bruta de capital fixo (FBCF), por sua vez, registrou recuo no segundo trimestre. Embora a demanda na construção civil tenha apresentado bom desempenho no período, o consumo aparente de máquinas e equipamentos foi afetado negativamente pela queda nas importações, explicadas, em parte, ainda pelo efeito das importações “fictas” de plataformas de petróleo de plataformas de petróleo – que elevaram a base de comparação.

 Gráfico_v1

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