Por Andreza Aparecida Palma
De uma forma geral, o desempenho do setor externo tem sido favorável no período da pandemia, com sucessivos superavits na balança comercial. Isso se deve principalmente ao desempenho das exportações, com crescimento de 22,5% na média diária dessazonalizada em relação a janeiro de 2021; à diminuição do deficit em transações correntes do balanço de pagamentos, com o deficit acumulado em doze meses recuando de 1,64% do produto interno bruto (PIB) para 1,33% do PIB em relação a janeiro de 2021; e à retomada do ingresso de investimento em carteira, com variação de 40% em relação a janeiro de 2021.
Contribuem para esse cenário a alta no preço das commodities, a diminuição de viagens internacionais, a recuperação global, a alta na taxa de juros e o câmbio desvalorizado. Apesar da melhora dos fundamentos e de melhoras marginais na sua evolução, a taxa de câmbio brasileira continua sendo destaque negativo por se manter desvalorizada e volátil. Possíveis causas para esse comportamento incluem o risco fiscal e ainda as incertezas sobre a evolução da pandemia no país.