Por Maria Andréia P. Lameiras
Em novembro, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou, nova- mente, uma alta inflacionária maior para as famílias de renda da mais baixa (1,0%) relativamente a observada na classe de renda mais alta (0,63%) – único segmento da população que registrou uma desaceleração inflacionária.
A análise desagregada dos dados revela que, mantendo o padrão inflacionário pre- sente nos últimos meses, o forte aumento dos preços dos alimentos no domicílio foi o maior foco de pressão inflacionária nos segmentos de renda mais baixa (tabela 2). De fato, em novembro, 75% da inflação do segmento mais pobre da população veio da alta do grupo alimentação e bebidas, impactada pelos reajustes do arroz (6,3%), da batata (29,7%), das carnes (6,5%), do frango (5,2%) e do óleo de soja (9,2%). Na outra ponta, os reajustes dos transportes por aplicativo (7,7%), da gasolina (1,6%) e do etanol (9,2%) fizeram do grupo transporte o maior foco inflacionário para a classe de renda mais alta, respondendo por mais da metade da taxa de variação apontada nesta faixa.
Veja o texto completo com a análise da inflação acumulada no ano e nos últimos doze meses.