Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações – registrou um crescimento de 5,8% na comparação entre setembro e agosto na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, que sucedeu uma alta de 4,6% no período anterior, o terceiro trimestre de 2020 avançou 14,4% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, ainda na comparação dessazonalizada, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) aumentou 5,9% em setembro, as importações de bens industriais aumentaram 1,7%.
Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais retraiu 0,5% contra setembro do ano passado. Com isso, o terceiro trimestre apresentou uma queda de 6,9% em relação ao verificado no mesmo período do ano passado. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda registrou uma queda de 6,3%, enquanto a produção industrial, conforme mensurada pela PIM-PF do IBGE, acumulou uma baixa de 5,5%.
Em relação às grandes categorias econômicas, o bom desempenho de setembro na comparação dessazonalizada foi generalizado. Entre os destaques, a demanda por bens de consumo duráveis avançou 12% na margem, enquanto os bens semi e não duráveis cresceram 10,7%. Já a demanda por bens de capital, um dos componentes dos investimentos, registrou alta de 6,7%. Na comparação interanual, enquanto os segmentos bens de capital (0,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (4,7%) apresentaram crescimento sobre setembro do ano passado, os demais voltaram a cair.
A análise dos resultados completos por classes de produção e por segmentos pode ser vista no texto completo do indicador.