Inflação por faixa de renda – Setembro/2020

Por Maria Andreia P. Lameiras

Em setembro, o indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda registrou aceleração na taxa de crescimento dos preços em todas as classes pesquisadas. Novamente, a taxa de inflação das famílias de renda mais baixa (0,98%) foi maior que à observada no conjunto mais rico da população (0,29%). No acumulado do ano, enquanto a inflação das famílias mais pobres aponta alta de 2,5%, a taxa de variação registrada pela classe de renda mais alta é de apenas 0,2%.

Assim como vem ocorrendo desde março, o expressivo crescimento dos preços dos alimentos no domicílio, grupo de maior peso na cesta de consumo das famílias mais pobres, explica a pressão inflacionária mais forte para esse segmento de renda. Nos primeiros nove meses de 2020, os alimentos no domicílio apontam alta de 9,2%, com destaque para as variações do arroz (41%), feijão (34%), leite (30%) e óleo de soja (51%). Já os serviços livres registram, no acumulado do ano, deflação de 0,05%, refletindo as quedas de 55% das passagens aéreas, de 9% nos preços de hospedagem e de 1,7% das mensalidades das creches. A desaceleração dos preços dos serviços vem gerando um alívio maior para a faixa de renda mais alta, cuja parcela do orçamento gasta com a aquisição destes itens é bem superior à despendida pela classe de renda mais baixa.

Gráficos

Tabela 02

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