Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações – registrou um crescimento de 5% na comparação entre julho e junho na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, que sucedeu uma alta de 4,4% no período anterior, o trimestre móvel encerrado em julho cedeu 8,3% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, ainda na comparação dessazonalizada, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) aumentou 5,4% em junho, as importações de bens industriais recuaram 2,2%.
Em relação às grandes categorias econômicas, o bom desempenho de julho na comparação dessazonalizada foi generalizado. Entre os destaques, a demanda por bens de consumo duráveis avançou 27% na margem, enquanto os bens da capital cresceram 5,8%. Já o segmento de intermediários registrou a segunda alta consecutiva (4,2%). Na comparação interanual, em contrapartida, todos grupos apresentaram queda.
Essa alta de 5,8% do consumo aparente de bens de capital indica que os investimentos podem ter crescido em julho. A estimava mais completa dos investimentos, que é feita por meio do Indicador Ipea de FBCF, ainda não foi publicada devido ao adiamento da divulgação dos dados da PNAD Contínua, do IBGE – que é uma das fontes de dados do indicador.
A análise dos resultados completos por classes de produção e por segmentos pode ser vista no texto completo do indicador