PNAD COVID-19 – Divulgação de 03/07/2020 – Principais destaques

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marco Antônio F. de H. Cavalcanti

Os novos resultados da PNAD Covid-19, divulgada pelo IBGE, continuam a refletir o duro quadro que a pandemia do novo coronavírus trouxe para o mercado de trabalho no país. Apesar da percepção de que, no que tange ao nível de atividade econômica, o pior momento da crise já teria passado – conforme registrado nas análises do cenário macroeconômico divulgadas pela Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (DIMAC) do Ipea em 9 e 30 de junho1 –, os efeitos adversos da crise no mercado de trabalho tendem a persistir durante algum tempo. Evidentemente, na medida em que a evolução da Covid-19 permita a continuidade do processo de flexibilização gradual das restrições ao funcionamento das atividades econômicas no Brasil, parece razoável esperar que as condições do mercado de trabalho voltem a melhorar aos poucos. É certo, porém, que o quadro socioeconômico continuará apresentando enormes desafios para as autoridades econômicas, que, diante das restrições impostas pela precariedade das contas públicas no país, deverão buscar um ritmo adequado de transição das medidas excepcionais de política voltadas para a preservação de empregos, renda e produção – que têm se revelado fundamentais para atenuar os impactos econômicos e sociais da crise –, para um regime de política que continue a prover assistência aos mais necessitados, mas seja fiscalmente sustentável.

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