Inflação por Faixa de renda

Por Maria Andréia Parente Lameiras e Sandro Sacchet de Carvalho

Essa Nota Técnica tem por objetivo retratar, a partir dos dados da POF 2017/2018, a atualização dos vetores de peso utilizados para a construção do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, além de divulgar e analisar as taxas mensais de inflação, de janeiro a maio de 2020, para as seis classes pesquisadas. De acordo com o indicador, nos cinco primeiros meses do ano, à exceção de fevereiro, a inflação da faixa de renda mais baixa manteve-se acima das registradas no segmento mais rico, refletindo que, embora tenha ocorrido queda de preços em diversos itens, a dos alimentos vem impactando mais fortemente o custo de vida dos mais pobres. No acumulado do ano, enquanto as famílias de renda mais baixa, registram uma taxa de inflação positiva de 0,45%, a faixa de renda mais alta aponta uma deflação de 0,45% – beneficiada pela queda nos preços do grupo transporte, em especial, dos combustíveis e das passagens aéreas. De fato, em maio, embora todas as classes tenham apresentado deflação, ela foi bem mais intensa no segmento mais rico da população (-0,57%), cuja taxa registrada foi três vezes menor que a observada na parcela composta por famílias de renda muito baixa (-0,19%). Com a incorporação desse resultado, no acumulado dos últimos doze meses, a inflação da classe de renda muito baixa mostra alta de 2,4%, situando-se 1,0 p.p. acima da registrada pela faixa de renda alta (1,4%).

NT_Tabela 4

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