Estimativas mensais não oficiais baseadas na Pnad Contínua

Por Marcos Hecksher

As estimativas aqui disponibilizadas, geradas conforme o método descrito em Nota Técnica do Ipea, desagregam mês a mês os indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga agregado por trimestre móvel. Não se trata de dado oficial, mas sim de uma estimativa de responsabilidade do autor.

Destaca-se que o nível de ocupação estimado – ou seja, a proporção da população de 14 anos ou mais que trabalhou, ainda que em alguma ocupação informal – caiu de 54,4% em fevereiro para 51,9% em março, 48,5% em abril e 48,1% em maio. A taxa de participação estimada, por sua vez, caiu de 61,7% em fevereiro para 59,5% em março, 55,8% e abril e 55,2% em maio.

Os dois movimentos citados indicam que parte importante da população deixou de trabalhar, mas não passou a procurar novo trabalho, o que manteve a taxa de desocupação relativamente estável. Esta inclusive recuou em maio, após ter registrado altas nos dois meses anteriores: 11,8% em fevereiro, 12,8% em março, 13,1% em abril e 12,8% em maio.

A massa de rendimentos efetivamente recebidos, deflacionada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou quedas reais crescentes em relação a iguais meses de 2019: 3,1% em fevereiro, -1,6% em março, -5,8% em abril e -12,7% em maio.



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