Inflação por Faixa de Renda – Novembro/2019

Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou, em novembro, o segundo avanço consecutivo, na margem, em todas as classes pesquisadas. A análise desagregada, por segmentos de renda, no entanto, mostra que essa pressão inflacionária foi mais intensa para as famílias de menor poder aquisitivo (0,54%), quando comparadas às de renda mais alta (0,43%), repercutindo os reajustes dos grupos alimentação e habitação.

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Por certo, a alta de 8,1% das carnes em novembro contribuiu com 0,28 ponto percentual (p.p.) para a inflação das classes mais baixas, anulando, inclusive, o alívio inflacionário vindo da queda de 12,2% nos preços dos tubérculos. Adicionalmente, o reajuste de 2,2% das tarifas de energia elétrica – repercutindo a mudança da bandeira tarifária de verde para amarela – gerou uma contribuição de 0,12 p.p. para a inflação desse segmento. Ou seja, apenas os aumentos registrados nestes dois itens – carnes e energia elétrica – explicam mais de 70% de toda a alta inflacionária observada nesse segmento de renda. No caso das famílias mais ricas, embora o reajuste das carnes e da energia também tenha pressionado suas taxas de inflação, o menor peso desses itens em sua cesta de consumo acaba por aliviar seus impactos altistas. Em contrapartida, o aumento de 0,78% nos preços dos combustíveis, de 4,4% nas passagens aéreas e de 24,4% nos jogos lotéricos explica as maiores pressões dos grupos transportes e recreação sobre a inflação das classes mais altas.

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