Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações – registrou alta de 0,5% na comparação entre os meses de setembro e agosto, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, que sucedeu um recuo de 1,3%, o terceiro trimestre de 2019 encerrou com crescimento de 2,8% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, enquanto a produção doméstica não exportada (bens nacionais) caiu 2,1% na margem em setembro, as importações de bens industriais registraram alta de 10,3%, conforme mostra a tabela 1.
Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais cresceu 4,3% contra setembro do ano passado. O resultado superou o desempenho apresentado pela produção industrial (alta de 1,1%), mensurado pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o terceiro trimestre apresentou um crescimento de 1,4% em relação ao verificado no mesmo período do ano passado. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda registrou uma variação negativa, embora num ritmo menos intenso (-1%) que o apresentado pela produção industrial (-1,3%), como visto no gráfico 1.
A análise dos resultados por grandes categorias econômicas, por classes de produção e por segmentos pode ser vista no texto completo do indicador.