Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a produção industrial interna líquida das exportações acrescida das importações – registrou queda de 0,2% na comparação entre os meses de abril e março, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, que sucedeu queda de 1,3% no período anterior, o trimestre encerrado em abril recuou 1,4% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, enquanto a produção interna líquida de exportações (nacional) caiu 0,3% na margem, as importações de bens industriais registraram baixa de 0,9%.
Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais recuou 7,6% contra abril do ano passado. O resultado voltou a ser pior que o desempenho apresentado pela produção industrial (queda de 3,9%), mensurada pela PIM-PF do IBGE. Com isso, o trimestre móvel de abril atingiu patamar 4,3% inferior ao verificado no mesmo período do ano passado. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda registrou a primeira variação negativa desde julho de 2017, com queda de 0,2%. A diferença em relação ao desempenho apresentado pela produção industrial (-1,1%) vem se reduzindo.
Em relação às grandes categorias econômicas, o resultado de abril foi heterogêneo, como pode ser visto no texto completo que analisa os resultados do indicador.