Atividade econômica: Indicadores mensais

Por Leonardo Mello de Carvalho

Após a queda de 0,2% registrada pelo produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2019, o desempenho recente dos indicadores mensais de atividade econômica segue apontando para um cenário de baixo crescimento. Pela ótica da oferta, a indústria vem sendo afetada negativamente pelo desastre na barragem de Brumadinho, ocorrido no final de janeiro. A demanda interna por bens industriais, por sua vez, segue com desempenho ainda pior – no primeiro quadrimestre de 2019, ficou abaixo da produção industrial. Em contrapartida, segundo o Indicador Ipea mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), os investimentos cresceram 0,5% no início do segundo trimestre, impulsionados pela produção interna de máquinas e equipamentos e pela construção civil. Em relação ao mês de maio, com as informações disponíveis até o momento, a Dimac/ Ipea estima que a produção industrial tenha recuado 0,4% na margem, enquanto as vendas no comércio e o volume de serviços teriam avançado 1% e 0,7% ante o mês de abril, respectivamente. Com isso, o PIB mensal (Monitor do PIB, da FGV) registraria crescimento de 0,3% na margem. Em relação às perspectivas para os próximos meses, o balanço de riscos associado ao desempenho da atividade econômica continua sugerindo um ritmo de crescimento modesto, embora seja possível alguma aceleração da sua trajetória ao longo do ano, estando condicionada à aprovação da reforma da previdência, cujos efeitos criariam um ambiente mais propício para a recuperação dos investimentos e dos níveis de ocupação – como é detalhado na seção Visão Geral de Conjuntura.

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