Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a produção industrial interna líquida das exportações acrescida das importações – registrou queda de 0,9% na comparação entre os meses de fevereiro e janeiro, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, terceiro recuo seguido nessa base de comparação, o trimestre encerrado em fevereiro teve retração de 2,1% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, enquanto a produção interna líquida de exportações cresceu 1% na margem, as importações de bens industriais registraram queda de 14,2%.
Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais permaneceu estável, contra fevereiro do ano passado. O resultado voltou a ser pior que o desempenho apresentado pela produção industrial (alta de 1,9%), mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda desacelerou em relação a janeiro, mas segue registrando ritmo de crescimento mais intenso (1,8%) que o apresentado pela produção industrial (0,5%).
Em relação às grandes categorias econômicas, o resultado de fevereiro só não foi positivo para o segmento de bens intermediários, que recuou 1,8% (na comparação com ajuste sazonal), todos os demais registraram crescimento em relação ao mês de janeiro.