Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a produção industrial interna líquida das exportações acrescida das importações – registrou queda de 1,1% na comparação entre janeiro de 2019 e dezembro de 2018, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, que sucedeu recuo de 0,9% no período anterior, o trimestre encerrado em janeiro teve retração de 1,9% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, enquanto a produção interna líquida de exportações caiu 1,4% na margem, as importações de bens industriais avançaram 0,9%.
Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais caiu 3,4%, contra janeiro do ano passado. O resultado foi pior que o desempenho apresentado pela produção industrial (queda de 2,6%), mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda segue registrando ritmo de crescimento mais intenso (2,1%) que o apresentado pela produção industrial (0,6%).
Com relação às classes de produção, na comparação dessazonalizada, o bom desempenho
verificado nas grandes categorias econômicas refletiu no crescimento da demanda interna por bens da indústria de transformação, que avançou 0,5% sobre o mês de dezembro. A extrativa mineral, por sua vez, segue apresentando comportamento volátil. A queda de 17% na margem em janeiro sucedeu o avanço de 21,2% no período anterior.