Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a produção industrial interna líquida das exportações acrescida das importações – registrou avanço de 0,1% na comparação entre dezembro e novembro de 2018, na série com ajuste sazonal. Esse resultado próximo da estabilidade, que sucedeu alta de 0,2% no período anterior, não foi suficiente para evitar o recuo de 2,1% no quarto trimestre na margem. Entre os componentes do consumo aparente, enquanto a produção interna líquida de exportações cresceu 1,9% no mês, as importações de bens industriais retraíram 5%.
Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais atingiu patamar 2,4% inferior ao observado em dezembro do ano passado. A queda, no entanto, foi menor que a registrada pela produção industrial (3,6%), mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda encerrou o ano de 2018 com alta de 3%, confirmando um ritmo de crescimento mais intenso que o apresentado pela produção industrial (1,1%).
Em relação às grandes categorias econômicas, com exceção do consumo aparente de bens intermediários, que avançou 1,6% em relação ao mês de novembro na comparação com ajuste sazonal, todos os demais segmentos recuaram.