Inflação

Carta de Conjuntura Nº 35

Por Maria Andréia Parente Lameiras

Esta seção analisa a dinâmica recente da inflação no Brasil e conclui que a previsão da inflação (medida pelo IPCA) não deve sofrer alterações significativas em relação à última previsão feita em 30 de março pela Carta de Conjuntura nº 34, que era de 3,8%.

A forte queda da inflação corrente e o aumento da credibilidade do Banco Central vêm ancorando as expectativas e reduzindo o componente inercial da variação dos preços. Para o restante do ano, o balanço de riscos para a inflação estará condicionado ao comportamento da taxa de câmbio, que pode sofrer impactos do ambiente de incerteza política. No entanto, mesmo que haja alguma desvalorização cambial, os impactos sobre os preços ao consumidor não seriam imediatos e tenderiam a ser minimizados devido ao grande nível de ociosidade na economia.

 Adicionalmente, o baixo dinamismo do mercado de trabalho deve contribuir para impedir uma aceleração mais forte dos preços livres, em especial dos serviços e dos bens de consumo. Desta forma, ainda que, a partir do terceiro trimestre do ano, haja alguma alta de preços administrados por conta de reajustes de tarifas públicas e uma leve aceleração dos alimentos, estes dois movimentos não serão fortes o suficiente para pressionar significativamente o IPCA.

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