Moeda e Crédito

Carta de Conjuntura nº 34

 Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

 Os juros reais têm mostrado significativa queda nos últimos meses. Destaca-se aqui, especificamente, a taxa de juros real ex-ante, que se reduziu para 4,9% em março, completando cinco meses seguidos de queda, depois de passar o período de janeiro a novembro de 2016 mais ou menos estável em torno de 7,0%. As taxas de juros aos tomadores de empréstimos, por outro lado, não têm apresentado o mesmo desempenho devido aos seguidos aumentos do spread bancário.

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De acordo com os dados do Banco Central do Brasil (BCB) referentes a fevereiro deste ano, em termos reais, o saldo das operações de crédito no Brasil continuou apresentando forte queda na comparação com o mesmo mês do ano anterior, mas a intensidade da redução vem diminuindo, especialmente no segmento de pessoas físicas (PF). Essa diferença de comportamento entre PF e pessoas jurídicas (PJ) também se verifica na evolução das novas concessões. O endividamento das famílias como porcentual da renda acumulada em doze meses continuou caindo, mas, desde o último trimestre de 2016, o ritmo da queda vem diminuindo.

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