Pobreza extrema afeta 10% dos cearenses

Pobreza extrema afeta 10% dos cearenses
 
Proporção da pobreza extrema é o dobro da média nacional, mas foi reduzida em 38% de 2004 a 2009

 O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Banco do Nordeste (BNB) promoveram nessa quinta-feira, dia 16, em Fortaleza (CE), o seminário A Dimensão e a Medida da Pobreza Extrema no Brasil – O Caso do Ceará. Durante o evento, o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Rafael Guerreiro Osório traçou um perfil da pobreza extrema no Ceará.

De acordo com o dados apresentados, 10% da população cearense está abaixo da linha nacional da miséria (renda inferior a R$ 70 por pessoa), o dobro da média nacional (5%). Essa proporção, no entanto, vem caindo nos últimos anos. Em 2004, os mais pobres eram 18% no estado.

A maioria vive na área urbana (56%) e em pequenos municípios (76%). O peso do Programa Bolsa Família na renda média dos cearenses extremamente pobres mais que dobrou entre 2004 e 2009. Hoje 43% da renda monetária dessas famílias vêm de repasses do programa. Apesar da melhoria na renda, ainda é precário o acesso a serviços públicos como o saneamento básico. 77% dos mais pobres do estado não tem acesso à rede de água e esgoto adequada.

A série de encontros regionais organizados pelo Ipea tem traçado um diagnóstico, por estado, da pobreza extrema e é uma contribuição do Instituto para o debate sobre a erradicação da miséria, colocada em pauta com o lançamento do Programa Brasil sem Miséria do governo federal. O próximo seminário será em São Luís (MA), nesta sexta-feira, 17 de junho.

Confira a apresentação dos dados da pobreza extrema no Ceará