Seminário analisa programas de incentivo para jovens

Seminário analisa programas de incentivo para jovens

Resultados variam dependendo do tipo de incentivo dado ao trabalhador jovem

No último dia 12/07, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), sediou uma série de palestras acadêmicas sobre juventude e mercado de trabalho.

O estudo Educação técnica e distribuição de renda no Espírito Santo, de autoria da diretora da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Diana Grosner, analisou o aumento do investimento em programas de ensino técnico para jovens no Espírito Santo. De acordo com a pesquisadora, os programas não diminuem a pobreza e são mais aproveitados por jovens de classe média.

“O ensino técnico não hegemoniza a renda da população, pois para trabalhar em nível técnico, é necessário ter concluído o ensino médio, o que não é comum para grande parcela da população de baixa renda”, explicou.

Por outro lado, de acordo com o trabalho, o aumento no ensino técnico eleva em 24% as chances de um jovem conseguir emprego. “Nossa pesquisa constatou que o ensino técnico aumenta as taxas de empregabilidade e renda, além de diminuir a taxa de desemprego, mas isso não se aplica às parcelas mais pobres da população” finalizou.

Em seguida, o pesquisador da Universidad Nacional de La Plata, Guillermo Cruces, apresentou uma avaliação do programa Entra 21, iniciativa de treinamento para trabalhadores jovens na Argentina. De acordo com Cruces, os resultados indicaram aumento no número de jovens com emprego formal.

O terceiro seminário teve o tema Efeitos do contrato de aprendiz sobre salários e empregabilidade de jovens no Brasil, e foi ministrado pelo pesquisador do Ipea, Miguel Foguel. Ele analisou na Lei do Aprendiz, que abrange jovens de 14 a 24 anos, e os incluiu em um contrato especial de trabalho, a fim de melhorar a transição do estudo para o trabalho, com treinamento mais específico.

A comparação entre jovens aprendizes e não aprendizes, no sentido de mensurar as suas chances reais de emprego, constatou um aumento da empregabilidade de aprendizes em vagas não temporárias, aumento da remuneração e redução da rotatividade nos empregos.