WWP promove troca de ideias sobre redução da pobreza

WWP promove troca de ideias sobre redução da pobreza

Ipea é parceiro do MDS, Banco Mundial e Centro para Crescimento Inclusivo da ONU nessa iniciativa. Lançamento foi nesta sexta, 21, no Rio

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta sexta-feira, 21, em parceria com o Banco Mundial, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Centro para Crescimento Inclusivo das Nações Unidas no Brasil (IPC-IG) a Iniciativa Brasileira de Aprendizagem por um Mundo sem Pobreza (WWP, na sigla em inglês). O evento foi no hotel Windsor Atlântica, no Rio de Janeiro, durante o Fórum de Aprendizagem Sul-Sul sobre Proteção Social e Trabalho.

Os primeiros produtos da parceria são o sítio www.wwp.org.br – uma plataforma para intercâmbio de experiências brasileiras para redução da pobreza e iniciativas internacionais – e o Sumário Executivo do livro Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania, publicação do Ipea e do MDS, divulgada no Fórum pelo presidente do Instituto e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcelo Neri.

O lançamento do WWP ocorreu após a assinatura, em 2013, de um memorando de entendimento entre os integrantes da Iniciativa, em Brasília, na presença do presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim. Pouco antes da cerimônia de lançamento, Neri falou da importância de parcerias como esta. “O Ipea pode prestar um serviço muito melhor para o governo e a sociedade, no Brasil, se juntar capacidades com outras instituições”, declarou. “Por exemplo, lançamos com o PNUD o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHm) e, nos próximos dias, divulgaremos uma plataforma na internet, em inglês e espanhol, com informações de cada um dos mais de 5 mil municípios do país. E, em seguida, as regiões metropolitanas e suas subdivisões também serão mapeadas. O segundo exemplo é a publicação junto com o MDS, sobre o Bolsa Família.”

Segundo Tereza Campello, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o WWP baseia-se em um modelo de espaço para troca de experiências diferente. “Aqui, a ideia é explicar como as experiências bem-sucedidas funcionam, como é a parte operacional”, afirmou. “Muitas vezes, ao tentar fazer isso, nos perdemos em pequenos detalhes, e isso não é importante para outros países. Temos que nos colocar no lugar de gestores estrangeiros, olhar o que é feito aqui e pode ser replicado. Isso nos obriga a repensar os programas sob outra ótica, algo positivo para o Brasil, também.”

Deborah Wetzel, diretora do Escritório do Banco Mundial no Brasil, explicou que o desafio apresentado pelo presidente do grupo foi concentrar-se em maneiras de apresentar os resultados dos programas e aprender com eles. “Achamos que não havia melhor lugar para analisar redução de pobreza e desigualdade e nos voltamos para parceiros importantes, que trabalham nisso”, declarou. Jorge Chediek, coordenador-residente das Nações Unidas no Brasil, mostrou-se otimista com o WWP. “É um grande orgulho, para nós, participar da Iniciativa. Esse tema está no DNA do trabalho das Nações Unidas. Países como o Brasil mostram que é possível ter um mundo sem pobreza.”

Para destacar a importância da troca de experiências, Neri citou o caso do Grameen Bank, de Bangladesh, primeiro banco do mundo especializado em microcrédito, com foco na população pobre. No Brasil, a ideia foi adaptada para o surgimento do CrediAmigo. “Só mais tarde houve a percepção de que aquele era o programa a ser seguido no âmbito federal. É um conhecimento que precisava crescer. Precisamos ter memória coletiva e, nesse sentido, um espaço de trocas é muito útil”, disse.

Vídeo: assista ao lançamento da 'Iniciativa Brasileira de Aprendizagem por um Mundo sem Pobreza'

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