Diretor do Ipea participa de debate sobre regiões metropolitanas

Diretor do Ipea participa de debate sobre regiões metropolitanas

A proposta foi apresentada no evento “Diálogos sobre a Questão Metropolitana no Brasil”, realizado em uma parceria do Ipea com o Banco Mundial


“Tivemos avanços inegáveis do ponto de vista do aumento da renda, da melhoria do acesso à saúde e educação como políticas de massa, mas temos problemas ainda graves com relação à mobilidade social e ao acesso da população à infraestrutura nas regiões metropolitanas, principalmente nas suas periferias”, disse o diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Marco Aurélio Costa, no debate sobre a questão metropolitana no Brasil, promovido pelo Instituto, em parceria com o Banco Mundial, no último dia 12 de junho, em Brasília.

Na mesa de abertura – dividida com a diretora do Banco Mundial para o Brasil, Deborah Wetzel –, Marco Aurélio ressaltou que, para vencer o déficit na infraestrutura urbana é necessária uma solução de financiamento, dentro de uma estrutura de responsabilidades compartilhadas pelos entes políticos do país (União, estados e municípios). Em parceria com a pesquisadora do Instituto Barbara Marguti, ele apresentou os resultados obtidos pelo projeto Rede Ipea/Governança Metropolitana, um conjunto de iniciativas que vêm sendo desenvolvidas pelo Instituto desde 2011, com a produção de indicadores socioeconômicos das regiões metropolitanas do país.

O diretor lembrou que as metrópoles são lugares onde há concentração de renda e de riqueza e também um local de segregação e vulnerabilidade social e que, desde a constituição de 1988, com a estadualização, há um descolamento da regionalização metropolitana com as estratégias de desenvolvimento nacional. Como resultado, ocorreu a fragmentação e a fragilização das regiões metropolitanas. “Ao mesmo tempo, temos uma metropolização institucional intensa e hoje chegamos a 71 regiões metropolitanas e RIDE’s, muito mais do que as 39 que nos tinha horrorizado em 2010”, afirmou.

Para Marco Aurélio Costa, o evento foi uma oportunidade de olhar para um futuro próximo, apresentando planos de trabalho e iniciativas de pesquisa, que possam ser desenvolvidas conjuntamente. “Neste sentido, não apenas o Ipea e o Banco Mundial podem contribuir, mas existem pessoas que podem participar de uma rede ampliada de pesquisa”, disse. “A gente amplia as possibilidades de troca, de produção e de aprendizagem quando faz um esforço de sair da sala onde trabalhamos para encontrar as pessoas nos locais onde estão e aprender com as experiências que elas possuem”, garantiu.