Ipea discutiu inserção internacional em tempos de crise

Ipea discutiu inserção internacional brasileira em tempos de crise

Debate ocorreu durante o seminário Agenda Estratégica para o Brasil, nesta quinta-feira

No segundo dia de seminário Agenda Estratégica para o Brasil, a inserção internacional brasileira em tempos de crise foi o tema do debate. Participaram da sessão Cláudio Puty, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Luiz Felipe de Alencastro, professor da FGV, Marco Aurélio Garcia, assessor-chefe da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marcos Antonio Macedo Cintra, diretor-adjunto de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea. Brand Arenari, diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea, foi coordenador da mesa.

O primeiro palestrante, Marcos Cintra, apresentou um balanço econômico do país, desde 2003. Até 2008, o Brasil viveu um período de bonança, com altas taxas de crescimento do PIB e do comércio internacional, que permitiram ao país acumular reservas. Entretanto, a partir de 2009 com a crise norte-americana, o período de crises cíclicas começaram. “Apesar de ter conseguido conter a primeira crise, não se conseguiu retomar o crescimento” apontou Cintra. Para ele, com um déficit de 4,5 % no PIB, faz-se necessário um ajuste nas contas externas.

“Somos compelidos a buscar uma política externa altiva e ativa”, complementou Cláudio Puty. Com um retrospecto histórico da economia brasileira, para ele, nesse ultimo período, conseguimos mostrar que muito mais poderia ter sido feito no que se refere à política externa brasileira. “Mesmo com a recessão de 2008, as ações internacionais foram tímidas”, destacou. Entretanto, para Puty, num mundo absolutamente complexo, com uma multipolaridade caótica, o Brasil apresentou-se razoavelmente propositivo, quando avaliada a última década.

Em seguida, Marco Aurélio Garcia destacou que é necessário pensar as crises como momentos de projetar ideias novas, que “nos permitam entender e sair dessa situação”. “Temos que ter claro que estratégias para a inserção internacional se complicam diante da imprevisibilidade”, pontuou. Para Garcia, é fundamental um debate de ideias. “Não devemos criar qualquer tipo de interdição a essa discussão, mas estimulá-la”, finalizou. Por fim, Alencastro, da FGV, discorreu sobre a história do Atlântico Sul e questionou qual será o futuro da chamada “Amazônia Azul”, que é a maior costa atlântica do mundo, localizada além da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) brasileira.

Vídeo: assista à íntegra da Sessão 4

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