Escassez de engenheiros: realmente um risco?

Radar nº 06

As preocupações recentes com uma virtual ameaça ao crescimento econômico, derivada de escassez de mão de obra especializada, têm merecido ampla divulgação. Não obstante serem manifestadas por atores responsáveis e autorizados, correm o risco de fundar-se numa observação menos detida dos dados recentes e das perspectivas de evolução do emprego no país; ou, ainda, tendem a generalizar situações muito específicas que são objeto de justos reclamos de determinados setores empresariais.

Observando-se com mais cuidado as trajetórias recentes das estruturas de produção e emprego, constata-se, com efeito, que, após um período bastante longo de expansão modesta – com repiques nas taxas de desemprego e informalidade –, a economia brasileira parece ter adquirido alguma vitalidade no quesito geração de empregos. O indicador mensal do saldo entre admissões e demissões dos assalariados manteve uma cadência acelerada entre meados de 2005 e as vésperas da crise de setembro de 2008, com cerca de 2% de incremento mensal; no entanto, após a crise, não conseguiu recuperar sequer os níveis experimentados em 2004 (gráfico 1).

Autores: Paulo A. Meyer M. Nascimento, Divonzir Arthur Gusso, Aguinaldo Nogueira Maciente, Thiago Costa Araújo e Alex Pena Tosta da Silva

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