O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) começou uma nova fase da pesquisa “Índices e Mapa de Exposição à Corrupção no Brasil”, iniciativa em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU). Esta etapa, intitulada “Pesquisa Brasileira de Exposição à Corrupção – Pessoas Jurídicas”, procura levantar informações junto às empresas em todo o território nacional, para entender como e em quais situações a corrupção pode afetar os negócios, nas relações entre as empresas e os agentes públicos. As empresas previamente selecionadas vão responder a um questionário a ser aplicado presencialmente e on-line.

O questionário a ser respondido por empresas de pequeno, médio e grande portes foi desenvolvido pelas equipes técnicas das duas instituições parceiras. Os entrevistadores vão portar uma Carta de Apresentação, elaborada pelo Ipea, para dar mais credibilidade ao trabalho deles junto ao público-alvo, com o objetivo de facilitar a aplicação do questionário. Os profissionais que farão as entrevistas com os representantes das empresas selecionadas são contratados da GMR Inteligência de Mercado, responsável pela aplicação do questionário.

A pesquisa, conforme o coordenador do projeto no Ipea, Maurício Mota Saboya Pinheiro, garante o anonimato de todos os entrevistados. “Os representantes das empresas podem confiar e responder às perguntas de forma sincera, pois a sua identidade e da sua empresa estão protegidas por lei e não serão divulgadas de forma alguma”, disse Pinheiro. Segundo ele, os dados pessoais dos entrevistados não serão solicitados em nenhuma etapa da pesquisa. “O levantamento dessas informações pode propiciar o aperfeiçoamento das políticas públicas de prevenção e combate à corrupção no país”, completou o pesquisador do Ipea.

Executada pela Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest) do Ipea, a pesquisa “Índices e Mapa de Exposição à Corrupção no Brasil” tem o objetivo geral de “estabelecer um serviço contínuo e permanente de produção de informações de mensuração da exposição à corrupção, a partir de atividade sistemática e periódica de coleta, tratamento e análise de dados sobre a experiência de pessoas físicas e jurídicas em relação a ocorrências ligadas a esse tipo de comportamento delituoso”. A parceria institucional do Ipea com a CGU foi viabilizada por meio de um termo de execução descentralizada e se justifica pela escassez de evidências sobre a exposição ou vitimização à corrupção, da parte de empresas e pessoas físicas brasileiras, nas relações destas com os agentes públicos.

Para mais informações sobre a pesquisa, entre em contato pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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