Inflação por faixa de renda – Setembro/2018

Por Maria Andreia Parente Lameiras

Em setembro, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, calculado com base nas variações de preços de bens e serviços pesquisados pelo Sistema Nacional de Índice de Preços ao Consumidor (SNIPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela uma forte aceleração em todos os segmentos pesquisados, tanto na margem quanto no acumulado em doze meses (tabela 1). Na desagregação por renda, nota-se que, embora a forte alta do grupo transportes – em especial, combustíveis (4,2%) e passagens aéreas (16,8%) – tenha pressionado a inflação de todas as faixas, este impacto foi bem mais intenso no segmento composto pelas famílias de maior poder aquisitivo, dado o peso destes itens na cesta de consumo desta classe (tabela 2). Ainda em termos relativos, observa-se que o grupo despesas pessoais, influenciado pelas altas dos serviços pessoais (0,42%) e de recreação (0,30%), gerou maior contribuição para a inflação das classes mais ricas.

No entanto, a alta dos grupos alimentos e bebidas e habitação gerou incrementos maiores para a inflação das famílias mais pobres em comparação com as mais abastadas. De fato, por serem itens de maior peso no dispêndio das classes mais baixas, os reajustes do aluguel (0,24%), da energia elétrica (0,46%), dos cereais (1,7%) e dos panificados (0,9%) influenciaram mais fortemente a inflação dos segmentos de menor renda.

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