Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente (CA) de Bens Industriais – definido como a produção industrial interna líquida das exportações e acrescida das importações – registrou crescimento de 9,9% na comparação entre junho e maio de 2018, na série com ajuste sazonal. Apesar disso, o resultado foi insuficiente para evitar a queda no segundo trimestre, que ficou em 2,1% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, ainda no comparativo entre junho e maio, enquanto a produção interna líquida de exportações avançou 11,1% na margem, as importações de bens industriais cresceram 2,5.
Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais também mostrou recuperação após a queda de 6% registrada em maio, quando sofreu impacto da greve dos caminhoneiros. O crescimento de 4,2% superou a alta da produção industrial (3,5%), mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tomando por base o resultado acumulado em doze meses, a demanda segue registrando ritmo de crescimento mais intenso (4,4%) que o apresentado pela produção industrial (3,2%).
A alta registrada em junho foi generalizada entre as grandes categorias econômicas, como mostra o texto que analisa o indicador.
Acesse aqui a planilha completa com a série histórica até junho de 2018