Publicações: 2018_PollyannaCostaMiranda.pdf
Assunto principal: Assunto 1
Autor(es): Jonilto Costa Sousa (orientador), Pollyanna Costa Miranda

Este estudo investiga a Gestão de Pessoas da Transporte Urbano do Distrito Federal, com a realização de Diagnóstico Organizacional (DO), identificando os problemas existentes nessa realidade e suas relações com as premissas teóricas e legais da abordagem de Gestão de Pessoas (GP), a fim de contribuir na constituição de uma rede de conhecimento que leve à compreensão desse fenômeno no Setor Público. Argumenta-se que o DO é capaz de prover a área de informações que capacitem a organização na promoção dos pressupostos da GP, respeitando as especificidades do setor. Com base em revisão de literatura, empreende-se discussão sistemática sobre os temas, dispondo de informações teóricas relevantes. Como opções conceituais, elege-se a definição de Bergue (2014) sobre Gestão de Pessoas no Setor Público e selecionam-se as proposições de Newman e Warren (1977), Harrison (1994) e Caetano, Mendonça e Neiva (2016) sobre Diagnóstico Organizacional. O modelo diagnóstico aplicado é o McKinsey 7S de Waterman, Peters e Phillips (1980). Utiliza-se de abordagem qualitativa para a aproximação do objeto, com natureza exploratório-descritiva, por meio da estratégia de estudo de caso. As técnicas de coletas de dados foram pesquisa documental e entrevistas, interpretadas pela análise documental e de conteúdo. Os resultados evidenciam as características da realidade investigada e geraram seis categorias de problemas: Sistematização Organizacional; Estrutura Organizacional; Política; Autonomia Setorial; Diretrizes e Estratégias; e Sistema Social. As análises expressam que os problemas identificados afetam a funcionalidade da Unidade e o desempenho do sistema de GP na autarquia, além de impedir a concretização da gestão do fator humano em coerência com a modernização institucional proposta pelos instrumentos legais. Fomenta-se, a partir dos achados, um plano de ação para a organização estudada, propondo ajustes que promovam a atuação da GP. Conclui-se que a Gestão de Pessoas é uma área estratégica também para organizações públicas, capaz de incitar ou conter objetivos organizacionais e oferta de bens e serviço. Demonstra-se, por outro lado, que a GP precisa agir estrategicamente, notando que aplicação das premissas da abordagem no setor público exigem esforços que, irrefutavelmente, iniciam-se nos processos normativos, mas que estão além desses, suscitando a adoção de um novo “pensar organizacional” que projete mudanças práticas nos mecanismos e funcionamento organizacionais, não notados no caso pesquisado. Constata-se também a viabilidade do uso de Diagnóstico Organizacional para a leitura da GP do setor público, evidenciando-se, contudo, a existência de limitações na transposição de um modelo geral pensado para outro recorte, de forma que, com base na crítica às restrições e nos dados deste estudo, defende-se um modelo próprio para diagnósticos em Gestão de Pessoas do Setor Público operacionalizado em cinco componentes principais: Diretrizes; Estrutura; Autonomia; Governança e Sistema Social, o qual precisa ser validado por meio de novas pesquisas.