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Discutir a extensão tecnológica

2008 . Ano 5 . Edição 39 - 25/01/2008

Guilherme Henrique Pereira

A modernização da agricultura brasileira de médio e pequeno porte na segunda metade do século passado deve muito ao sistema de pesquisa e extensão estruturado pelos governos estaduais, com o importante apoio do governo federal. Já para os demais setores da economia,ainda não se observou uma ação semelhante no campo da extensão, em âmbito nacional, embora algumas iniciativas mereçam o reconhecimento e sirvam de exemplo.

Não se pretende justificar neste espaço a importância da inovação como elemento da dinâmica de crescimento das economias de mercado. Busca-se argumentar que a extensão tecnológica no setor industrial, em particular, tem uma função indispensável no desenvolvimento brasileiro. Também se toma como base a proposição de que o locus da inovação é a empresa que,no entanto, necessita ser estimulada pelo seu ambiente externo. O mercado,os cenários macroeconômicos e as políticas de fomento à inovação conformam este ambiente mais ou menos favorável, que é percebido bem mais rápido e com melhor precisão pelas empresas de maior porte.

Ao contrário, as pequenas empresas são mais lentas, ou menos capacitadas, para a percepção desses estímulos.A Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra bem esta correlação positiva entre tamanho e taxa de inovação.A mesma pesquisa mostra também que 79,4% das empresas pesquisadas são pequenas, situadas na faixa de 10 a 49 empregados, e por tal peso têm ampla influência na tendência dos indicadores globais do processo de inovação nacional. Este segmento também tem baixo índice de acesso e cooperação com institutos de pesquisa e de conhecimento dos instrumentos da política governamental de fomento.

O Plano de Ação 2007-2010 - Ciência,Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional, lançado pelo governo, responde à problemática exposta pela Pintec com a proposição de ações que formam um conjunto amplo de instrumentos voltados diretamente para a pequena e média empresa.A capacitação de sócios-gerentes para a gestão do desenvolvimento tecnológico, o incentivo à absorção de pessoal qualificado em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) na empresa, a difusão da cultura da inovação e o apoio à instalação de centros de P&D são os instrumentos complementares ao programa que visa estruturar o Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), voltado para o objetivo de implementar a inovação neste segmento empresarial.

O Sibratec contribuirá para acelerar a mudança dessa realidade mediante o estímulo à implantação ou dinamização de ações mobilizadoras, ações de desenvolvimento de produtos e processos, articuladas com a formação empreendedora, ações de prestação de serviços tecnológicos e de extensão tecnológica, enquanto capacitação nas pequenas e médias empresas para a absorção de tecnologias. Os serviços serão organizados em três ações distintas,porém relacionadas,e funcionarão como estruturantes do sistema.

A primeira é o apoio ao desenvolvimento dos prestadores de serviços tecnológicos que realizam atividades de teste de produtos e calibração de instrumentos, visando à verificação da qualidade e conformidade às normas e regulamentos existentes. A segunda, o apoio ao desenvolvimento de centros de inovação - dinamizar ou implantar setor/ atividade em cada instituto tecnológico voltado para o desenvolvimento de produtos ou processos, com forte viés de empreendodorismo. Estes centros terão como objetivo transformar conhecimentos em planos de negócios, quer os referentes ao surgimento de novas empresas,quer os referentes a novos produtos ou processos para empresas existentes.

Por fim, a extensão tecnológica estimulará a demanda por assistência especializada ao processo de inovação. Será um passo além do Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT), que trata de questões menos complexas. No essencial, consistirá na atuação de consultores especializados que realizarão o diagnóstico em cada pequena ou média empresa atendida, conforme plano de trabalho, propondo soluções para os problemas encontrados.


Guilherme Henrique Pereira é secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)

 
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