resep nasi kuning resep ayam bakar resep puding coklat resep nasi goreng resep kue nastar resep bolu kukus resep puding brownies resep brownies kukus resep kue lapis resep opor ayam bumbu sate kue bolu cara membuat bakso cara membuat es krim resep rendang resep pancake resep ayam goreng resep ikan bakar cara membuat risoles
Saúde - Sob fogo cerrado

2005. Ano 2 . Edição 8 - 1/3/2005

A pesquisa com céluas-tronco embrionárias para o tratamento de doenças foi aprovada pelo Congresso Brasileiro mas ainda desperta intensa polêmica
 


Por Lia Vasconcelos, de Brasília

celulasImagem de células produzida pela Fiocruz

De tempos em tempos a ciência desafia a sociedade com suas descobertas. Foi assim quando o astrônomo polonês Nicolau Copérnico desenvolveu a teoria heliocêntrica e também quando o astrônomo, matemático e físico italiano Galileu Galilei verificou que a Terra girava em torno do Sol, contra tudo o que se acreditava até então. A história é farta em exemplos de avanços científicos que deram margem a muita polêmica. Atualmente, o debate mais acalorado gira em torno do uso das células-tronco (CT) embrionárias na pesquisa científica.

A questão desperta intensa reação de grupos religiosos. Os que defendem a necessidade do seu emprego acreditam que nelas reside a esperança para o tratamento de um amplo leque de doenças, como as degenerativas e as cardíacas. É longo o caminho a ser percorrido até que essa hipótese se comprove e as CT embrionárias possam gerar novas terapias a ser aplicadas em seres humanos. No entanto, os resultados obtidos em experiências com células-tronco adultas, que não precisam ser extraídas de embriões, animam a comunidade científica.

O debate foi impulsionado pelo projeto de Lei da Biossegurança que está em tramitação no Congresso desde 2004. Depois de passar pela Câmara, foi modificado pelo Senado, voltou para apreciação dos deputados e foi aprovado em março. Assim, foi liberada a pesquisa com células-tronco originadas de embriões vivos, impróprios para o implante ou congelado há pelo menos três anos.

A ansiedade em torno do tema tem fundamento. As células-tronco são como um curinga no corpo humano, ou seja, são células que podem constituir diferentes partes do organismo. Existe a perspectiva de que elas possam vir a substituir tecidos doentes em casos de moléstias neuromusculares, em particular as de Alzheimer e Parkinson, ou células que o corpo deixa de produzir por alguma deficiência, como ocorre com o diabetes.

Enquanto as células-tronco adultas, liberadas para pesquisas e tratamentos, podem ser encontradas em vários tecidos, como na medula óssea, no sangue, na placenta e no cordão umbilical, as embrionárias, como o nome indica, são encontradas apenas em embriões. E podem ser mais eficientes para o propósito dos cientistas. Pretende-se que sejam aproveitadas as células-ovo produzidas em laboratório por casais com dificuldades em gerar filhos que não foram - e não serão jamais - utilizadas. Os religiosos são contrários à idéia, mesmo que os embriões nunca venham a se desenvolver.

Os cientistas rebatem. "Mesmo que inseridos no útero, os embriões congelados teriam chances baixíssimas de se desenvolver. Sabe-se que um dia serão jogados no lixo. Poderiam servir como material de pesquisa", diz Mayana Zatz, professora de Genética da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano, que atende cerca de dois mil pacientes com doenças neuromusculares por ano.

Vida Da mesma forma como foi necessário, e nem por isso deixou de ser polêmico, determinar o momento da morte do indivíduo para que doações de órgãos para transplantes pudessem ser feitas, o debate sobre o uso das CT embrionárias passa pela definição do momento em que a vida começa. A questão desperta fortes paixões. A vida começaria no momento da fecundação? Ou somente depois da formação do sistema nervoso? Os religiosos consideram que a vida começa no momento da concepção. Os cientistas discordam.

A mecânica da reprodução é a seguinte: logo depois da fecundação, a célula resultante da fusão entre o óvulo e o espermatozóide, chamada zigoto, começa a se dividir. Pelo menos até que haja oito células, cada uma pode se tornar um ser humano completo. Na fase de oito a 16, as células se diferenciam em dois grupos: um que dá origem à placenta e outro que formará o embrião.

Depois de cerca de três dias, o embrião, com aproximadamente cem células, atinge a fase de blastocisto, quando, natural ou artificialmente, segue para o útero e começa a se desenvolver. Para obter as CT embrionárias é preciso colhê-las antes que existam 64 células, mas algumas pesquisas indicam que até 14 dias depois da fecundação as células embrionárias ainda seriam capazes de se diferenciar em quase todos os tecidos humanos. Depois disso, elas se especializam e já não servem para os fins terapêuticos perseguidos pelos pesquisadores.

"Quando se discute a utilização de embriões em pesquisas, o que se ouve é que estamos destruindo vidas. Na verdade, se há alguma destruição é a de doentes que estão perdendo a possibilidade de ser tratados com células-tronco embrionárias. Para mim, como cientista, e para os familiares de pessoas com problemas de saúde, é desesperador quando fechamos um diagnóstico de uma doença degenerativa letal", diz Zatz. Enquanto a situação legal não é definida no Brasil, os pesquisadores encontram alternativas.

Uma delas favoreceu os cientistas da USP, que receberam dos Estados Unidos quatro linhagens de células-tronco embrionárias humanas para investigar terapias. O material foi doado pela Universidade Harvard, que colabora com países onde a legislação não permite a obtenção dessas células. Essas linhagens - derivações de uma célula-tronco matriz - serão integradas aos estudos que o Instituto de Biociências da USP já realiza com CT embrionárias de camundongos.

"A questão não é se existe vida no blastocisto. A discussão fundamental gira em torno da possibilidade de ele se transformar num ser humano", diz Antônio Carlos Campos de Carvalho, coordenador de ensino e pesquisa do Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras (INCL), do Rio de Janeiro. Segundo Carlos Alberto Moreira Filho, diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, "o blastocisto não tem futuro biológico a menos que seja implantado no útero. Antes, é um conglomerado de células".

Dogma Cientistas e religiosos estão em campos absolutamente opostos nessa peleja. "A Igreja Católica e outras, como a Luterana, a Batista, a Anglicana, a Igreja Cristã Reformada, a Metodista e a Presbiteriana, são radicalmente contra a pesquisa com CT embrionárias porque a vida é um processo que tem início com a fecundação. A vida deve ser respeitada do início ao fim", diz o frei Antônio Moser, membro da Comissão de Bioética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criada em 2003.

Da comissão fazem parte, além da presidência da CNBB, sete especialistas em pesquisas de laboratório, ciências humanas, filosofia e teologia. Segundo Moser, o que está em jogo é a dignidade do ser humano. "Na medida em que admitirmos interferências no embrião, estaremos abrindo as portas para o arbítrio. Em termos de vida não há meio-termo." Dalton Ramos, professor de Bioética da USP e membro do Núcleo de Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, vai além: "Essa polêmica não tem nada a ver com questões dogmáticas. A pesquisa com CT embrionárias está em fase incipiente. A hipótese de que elas são melhores do que as células adultas ainda não foi cientificamente confirmada. Alguns estudos indicam que CT embrionárias injetadas em animais se multiplicaram descontroladamente, formando tumores".

Segundo Henry Sobel, rabino e presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, a religião judaica não tem posição sobre a questão. Mas sua opinião é clara. "O uso de células-tronco embrionárias deve ser não só permitido como incentivado. Qualquer técnica que vise salvar uma vida humana é louvável. De acordo com o judaísmo, salvar uma vida se sobrepõe a todos os outros mandamentos."

Pesquisas O jogo não é de tudo ou nada. "As células embrionárias têm de ser liberadas. Mas também temos de prestigiar o que está sendo feito com as adultas, ou poderá parecer que não há alternativa", diz Ricardo Ribeiro, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenador do Instituto do Milênio de Bioengenharia Tecidual, entidade virtual que funciona como centro de referência para a pesquisa com células-tronco. A questão, segundo Zatz, da USP, é que o Brasil, se perder o atual bonde da pesquisa, terá prejuízos em várias frentes. "Se tratamentos com CT embrionárias forem descobertos fora do país, por mais tempo que isso possa levar, serão patenteados. Os ricos poderão usufruir deles. E os pobres, como farão?"

A ciência já sabe muito, mas ainda há um universo a desbravar. Apesar de ser investigadas desde o século XIX, há apenas 20 anos cientistas conseguiram cultivar em laboratório células retiradas dos blastocistos de camundongos. "Sabemos que a plasticidade das CT embrionárias é maior do que a das adultas obtidas da medula óssea e do que as do cordão umbilical, que são limitadas. Isso já foi confirmado em animais. A pesquisa permitirá descobrir suas reais potencialidades, os problemas, os riscos e as limitações", diz Moreira Filho.

Clonagem Para quem gosta de uma boa polêmica, há propostas ousadas que tornam a questão ética ainda mais complexa. Os cientistas acreditam que o implante das células-tronco ganharia eficácia se extraídas de um embrião clonado do próprio paciente, o que evitaria o risco de rejeição. Esse procedimento somente não serviria para pessoas que apresentam doenças genéticas. Há consenso entre eles que, se for aprovada tal como saiu do Senado, a Lei de Biossegurança já representará um avanço.

Mas muitos pensam que o ideal seria poder realizar clonagem terapêutica, algo em que o projeto de lei nem esbarra. "É importante esclarecer que clonagem terapêutica e clonagem reprodutiva são coisas muito diferentes. A clonagem reprodutiva humana, condenada por todos os cientistas, é a técnica pela qual se pretende fazer uma cópia de um indivíduo. Foi a técnica usada para clonar a ovelha Dolly", diz Zatz.

O assunto é complexo e o debate está aceso em todo o planeta. A União Européia (UE) deixou para cada país a tarefa de legislar sobre o tema. O Reino Unido foi o primeiro a autorizar a utilização das CT embrionárias em pesquisas, em 2000. Até agora, Suíça, Espanha, Dinamarca, Suécia e Holanda seguiram o exemplo. Há pouco tempo, o Reino Unido e a Dinamarca foram mais longe e autorizaram a realização de clonagem terapêutica.

Na França e na Bélgica estão sendo estudados projetos de lei sobre o tema. Na Alemanha, na Áustria e na Irlanda os laboratórios são proibidos de investigar CT embrionárias. Coréia do Sul e Japão compõem o grupo de países que liberaram os estudos. E nos Estados Unidos a proibição é parcial. Em 2001, o presidente George Bush disponibilizou fundos para o trabalho com pouco mais de 60 linhagens de células-tronco criadas de embriões. Em seguida proibiu a utilização de recursos federais para novos experimentos. Apenas dois estados, Califórnia e Nova Jérsei, têm leis que permitem a utilização de CT embrionárias.

Recentemente, um comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução solicitando aos países que impeçam tanto a clonagem terapêutica como a reprodutiva. A resolução foi aprovada por 71 votos a 35, mas, como 43 países se abstiveram, é possível que a proposta não tenha peso político. O voto brasileiro foi contrário, sob a alegação de que é preciso mais pesquisa e debate antes de uma tomada de posição. A resolução ainda deve ser votada na Assembléia Geral.

Avanços Enquanto não se chega a uma definição em relação ao uso das CT embrionárias e a Lei de Biossegurança não é votada, a pesquisa com células-tronco adultas avança rapidamente. O Brasil já conta com vários centros de excelência nessa área. Em fevereiro, o Ministério da Saúde anunciou o início do maior estudo já realizado no mundo, com CT adultas, para o tratamento de doenças do coração.

O Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias, coordenado pelo INCL, envolverá 1,2 mil pacientes com infarto do miocárdio, isquemia crônica do coração, cardiopatia dilatada e cardiopatia chagásica. O custo está estimado em 13 milhões de reais. Em cada um dos grupos, metade receberá o tratamento tradicional e a outra parcela será submetida à terapia celular - cada paciente receberá células-tronco de sua própria medula óssea. Cálculos do ministério indicam que, considerando consultas, internações, cirurgias e transplantes cardíacos, o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou, em 2003, cerca de 500 milhões de reais.

No Brasil existem quatro milhões de pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca. Se ficar comprovada a eficácia do tratamento com células-tronco, ainda de acordo com o ministério, estima-se que 200 mil vidas poderão ser salvas em três anos e 37 milhões de reais economizados todos os meses. "Vamos financiar também pesquisas na área de doenças do sistema nervoso central, doenças ósseas e nefrológicas. Acreditamos que, se for possível a utilização de células-tronco de embriões, teremos mais sucesso na busca de novos tratamentos", afirma Humberto Costa, ministro da Saúde.

"O estudo de terapias com células-tronco no reparo de tecidos ou órgãos lesados em portadores de doenças crônico-degenerativas é bastante recente, e o Brasil ocupa hoje uma posição de destaque no cenário mundial", diz Ribeiro, da Fiocruz. Os exemplos de experiências com CT adultas são fartos e positivos. Um estudo pioneiro no país na área de cardiologia foi realizado na Bahia, no Centro de Pesquisas Gonçalo Muniz, uma unidade da Fiocruz. Existem cerca de seis milhões de brasileiros portadores da doença de Chagas.

Em 30% dos casos eles desenvolvem uma inflamação crônica no coração e a insuficiência cardíaca leva-os à morte em aproximadamente dez anos. Entre 2003 e 2004, 25 desses doentes, que estavam à espera de um transplante cardíaco, foram submetidos a outro tipo de transplante: o de células-tronco. A doença regrediu ou se estabilizou em 19 casos, três não tiveram uma melhora significativa e outros três morreram meses depois do transplante - não por causa do procedimento, mas devido a complicações relacionadas à doença. O Brasil foi o primeiro país a submeter pacientes chagásicos a um transplante de células-tronco. "O resultado foi excelente. Antes os pacientes não conseguiam falar, andar, subir escadas. Agora podem viver normalmente", diz Ribeiro.

No Instituto do Coração (Incor), de São Paulo, são feitas aplicações de células-tronco em pacientes com insuficiência cardíaca causada por doença de Chagas, hipertensão ou de origem desconhecida. "Temos usado as células da medula óssea e aquelas provenientes da gordura. Elas são injetadas diretamente no coração. Os efeitos são promissores", diz José Eduardo Krieger, diretor do Laboratório de Genética e Medicina Molecular do Incor. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, também tem registrado saldos positivos com portadores de doenças auto-imunes, como a artrite reumatóide, o lúpus eritematoso sistêmico e a nefrite lúpica, utilizando células-tronco da medula óssea dos próprios pacientes.

Cordões umbilicais Outra iniciativa que facilitou o trabalho dos estudiosos foi a criação, em 2004, do Brasilcord, banco de caráter público que recolhe, armazena e distribui tecido de cordões umbilicais. Participam dessa rede diversas instituições, entre elas o Instituto Nacional do Câncer, o Hospital das Clínicas de São Paulo e o Hospital Albert Einstein, que faz transplantes de células-tronco do cordão umbilical para tratar leucemia. "Temos um sistema único de informação e coleta. Nossa expectativa é chegar a 20 mil cordões em cinco anos. Hoje são pouco mais de 1.000", diz Moreira Filho, do Einstein. "Toda a variedade genética do país estará representada num banco com 12 mil amostras de cordão umbilical. Então, a chance de achar um doador compatível será de 100%. A partir daí, é só manter uma reposição constante, como ocorre num banco de sangue", assegura Zatz.

As técnicas desenvolvidas pela ciência costumam desafiar a sociedade a repensar seus valores éticos e morais. Causam assombro e impacto num primeiro momento, mas muitas delas, tempos depois, tornam-se corriqueiras. "Há 30 anos era impensável transplantar o órgão de uma pessoa para outra. Hoje esse procedimento salva muitas vidas", diz Patrícia Pranke, professora da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Cada vez mais os embates trazidos pelas novas tecnologias trazem à tona os limites e a liberdade de fazer ciência e colocam em evidência conceitos de distintos grupos. Estão em jogo interesses científicos, religiosos e econômicos. O cenário atual sinaliza para a possibilidade de que as decisões acerca dos rumos da pesquisa não sejam tomadas com base em argumentos puramente científicos.

Saiba Mais:
- Instituto do Milênio em BioengenhariaTecidual e Biomimética
www.imbt.org.br
- Fundação Oswaldo Cruz
www.fiocruz.br
- Universidade Federal do Rio de Janeiro
www.ufrj.br
- Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
www.hucff.ufrj.br
- Universidade do Estado do Rio de Janeiro
www.uerj.br
- Universidade Federal Fluminense
www.uff.br
- Instituto Nacional do Câncer
www.inca.gov.br
- Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto
www.hcrp.fmrp.usp.br
- Instituto do Coração
www.incor.usp.br
- Hospital Albert Einstein
www.einstein.br
- Universidade Federal de São Paulo
www.epm.br
- Universidade Federal do Espírito Santo
www.ufes.br
- Universidade Federal de Juiz de Fora
www.ufjf.br
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul
www.ufrgs.br
- Universidade de Brasília
www.unb.br
- Sociedade Brasileira de Bioética
www.sbioetica.org.br
- Ministério da Saúde
www.saude.gov.br
- Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
www.cnbb.org.br
- Movitae
www.movitae.bio.br
- Núcleo de Fé e Cultura
www.pucsp.br/fecultura
- Núcleo de Ética em Pesquisas
www.nep.org.br
- Centro de Estudos do Genoma Humano
www.genoma.ib.usp.br
- Instituto Nacional de Saúde, EUA
stemcells.nih.gov
- Centro de Gestão e Estudos Estratégicos
www.cgee.org.br/parcerias/p16/php

 
Copyright © 2007 - DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação sem autorização.
Revista Desafios do Desenvolvimento - SBS, Quadra 01, Edifício BNDES, sala 1515 - Brasília - DF - Fone: (61) 2026-5334