resep nasi kuning resep ayam bakar resep puding coklat resep nasi goreng resep kue nastar resep bolu kukus resep puding brownies resep brownies kukus resep kue lapis resep opor ayam bumbu sate kue bolu cara membuat bakso cara membuat es krim resep rendang resep pancake resep ayam goreng resep ikan bakar cara membuat risoles
Geotecnologias na administração pública

2016 . Ano 13 . Edição 87 - 17/06/2016

rd87art02img001

rd84art01img001

rd84art01img001

rd84art01img001











George Alex da Guia
Humberto Mattos
Jamil Buzar Neto
Eliezer Vieira

Nas últimas décadas, o setor público no Brasil passou por um processo de amadurecimento da democracia, com a ampliação e diversificação dos atores no processo de tomada de decisões. A moderna governança pública adota métodos e princípios do planejamento estratégico, impondo a adoção de processos ágeis de tomada de decisão e maior eficiência e eficácia na entrega de produtos e serviços à população.

A adoção de geotecnologias passa a ser preponderante para responder com maior rapidez e qualidade às demandas, cada vez mais crescentes e diversas, das políticas públicas. Se, por um lado, o uso de geotecnologias torna-se primordial no cotidiano da administração pública moderna, por outro, princípios de software livre passam a estabelecer atitudes éticas perante o uso dos recursos públicos. Diversos movimentos, nas mais diversas frentes, estabeleceram redes colaborativas de desenvolvimento de produtos e serviços ‘livres’ como alternativas ao mercado (movimentos de software livre, copyleft, creative commons e a rede colaborativa de tecnologias geoespaciais Open GIS Consortium – OGC).

O Brasil, alinhado com as tendências internacionais, adotou marcos legais que pautam o uso e a produção de produtos e serviços de softwares livres. Destaca-se a Portaria SLTI/MP N°05/2005 (e-pinG), a criação do portal de software público em 2007 (www.softwarepublico.gov.br) e a Instrução Normativa n° 04/2012 (INDA). Nas geotecnologias temos o Decreto Presidencial n° 6.666/2008 que institui a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE). Não basta ao Poder Público demonstrar capacidade de planejamento e regulamentação, pois trata-se de uma fronteira que articula os processos de planejamento com os referentes à gestão sob preceitos e olhares geográficos.

Consolida-se a forte vinculação, para a gestão pública moderna, do uso de dados referenciados sobre o espaço. Onde? O quê? Quais as características de sua distribuição? São perguntas básicas para o processo de tomada de decisão que necessitam de dados geográficos estruturados e confiáveis.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) buscou trazer as geotecnologias para o seu cotidiano. O SICG faz parte deste esforço, tendo iniciado em 2006 com a análise crítica dos procedimentos de identificação, reconhecimento e gestão dos bens culturais protegidos pelo Iphan.

A ausência de automação dos processos de cadastramento, normatização, tombamento e fiscalização do patrimônio cultural brasileiro impactava na qualidade e tempo de resposta da instituição no campo de autorização, licenciamento e monitoramento da política de conservação. O SICG foi desenvolvido com arquitetura de dados baseada em serviços e orientada a objeto, o que possibilita integrações futuras com outros sistemas, e seu sistema georreferenciado está alinhado com as diretrizes da INDE.

Destacamos o fato de termos a articulação, no território, do cadastro dos bens culturais materiais e imateriais, fato inédito no Iphan, o que permite um olhar diferenciado para a gestão dos bens culturais.

Dessa forma, o SICG passa a se constituir em uma base de dados estruturados organizados por categorias e permite análises, por meio de relatórios geográficos e relacionais, das condicionantes, de projetos de desenvolvimento territorial, como é o caso da implantação de novas infraestruturas econômicas ou até da mudança na lei de uso e ocupação do solo de um distrito urbano.

Um dos principais beneficiados com o SICG é a população brasileira, que tem hoje uma ferramenta amigável, de acesso 24x7 e com conteúdos antes indisponíveis ou de difícil acesso. O sistema ofertará, além do acesso aos bens culturais em diversas escalas e níveis de informação diferenciados, o serviço de “pesquisa avançada de bens materiais e imateriais”, que consiste numa funcionalidade de consultas relacionais e/ou geográficas (feições linha ponto, polígono aliado a buffer zone). Com isso, pode-se acessar os conteúdos do sistema por meio de listagens, relatórios e mapas temáticos.

Como benefícios para o serviço público destacam-se o aumento na celeridade e qualidade do processo decisório, além de uma considerável redução do tempo e esforço para compilação, organização e disponibilização das informações ao Iphan, aos parceiros institucionais e à população brasileira.

O projeto destaca-se pelo pioneirismo, pois possibilita a execução de vários processos do Iphan (cadastramento, normatização, fiscalização e planejamento) de forma integrada, garantindo agilidade na produção e uso da informação geográfica para o cumprimento da sua missão institucional com maior eficiência, eficácia e transparência.

___________________________________________________________________________________

George Alex da Guia é analista de Infraestrutura do MPOG em exercício no Iphan e product owner do projeto SICG.

Humberto Mattos é analista em Tecnologia da Informação do MPOG em exercício no Iphan.

Jamil Buzar Neto é gestor de Projetos e Scrum Master do projeto SICG.

Eliezer Vieira é especialista de Geoprocessamento.

 
Copyright © 2007 - DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação sem autorização.
Revista Desafios do Desenvolvimento - SBS, Quadra 01, Edifício BNDES, sala 1515 - Brasília - DF - Fone: (61) 2026-5334