resep nasi kuning resep ayam bakar resep puding coklat resep nasi goreng resep kue nastar resep bolu kukus resep puding brownies resep brownies kukus resep kue lapis resep opor ayam bumbu sate kue bolu cara membuat bakso cara membuat es krim resep rendang resep pancake resep ayam goreng resep ikan bakar cara membuat risoles
Informe o destino

2014 . Ano 10 . Edição 80 - 23/06/2014

rd80not06img01

Ipea chega aos 50 anos valorizando a pluralidade de ideias e lançando um ambicioso Plano Estratégico que define as rotas a seguir pela instituição até 2023

Sem manifestar sinais de crise da meia idade, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) completa 50 anos em 17de setembro de 2014. Antes de chegar ao Jubileu de Ouro, técnicos da casa passaram um ano discutindo os rumos do instituto com vistas à elaboração de um Plano Estratégico. Em um ambiente que sempre prezou pela pluralidade de ideias e pelo debate, o resultado da troca de ideias é um ambicioso plano que traz diretrizes para as ações do Ipea até 2023.

Lançado em maio, além de uma nova missão e de uma visão de futuro, o plano evidencia os valores considerados essenciais pelos servidores da casa, assim como os objetivos estratégicos (finalísticos e de gestão) que devem ser buscados para que o instituto construa o seu futuro desejado, em meio aos futuros possíveis.

Ao longo de 2013, o processo de planejamento estratégico envolveu a realização de pesquisas, análises, workshops e reuniões de trabalho que mobilizaram os servidores da casa. Com o auxílio da Macroplan, consultoria contratada para o trabalho, todas as atividades desenvolvidas buscaram respostas consistentes a três questões que fundamentaram a metodologia adotada: Onde estamos? Aonde queremos chegar? Como chegaremos lá? O resultado revela também “quem somos” na visão das muitas pessoas que movem a instituição.

“O plano consagra e institucionaliza muitas práticas e escolhas da instituição, mas também abre janelas para novos espaços e conquistas”, afirmou Cláudio Porto, diretor-presidente da Macroplan, durante o lançamento.

De acordo com o ministro de Estado chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcelo Neri, o corpo técnico do Ipea se vê como uma usina de ideias para a formulação de políticas públicas e uma plataforma de assessoramento ao Estado, dois aspectos evidentes na visão de futuro e na missão apresentada no novo planejamento. “Nosso norte, como ficou claro, é a busca pela influência no desenho das políticas públicas do Estado. Não é a ideia pela ideia, temos essa noção de sermos efetivos, de gerarmos consequências na vida dos brasileiros”, argumentou.

“A casa escolheu como valor mais importante a diversidade de visões; diferentes abordagens e visões de mundo são características caras ao Ipea; particularmente, é um elemento do qual tenho orgulho na minha gestão, refletido na escolha da diretoria”, disse Neri.

O plano prevê oito objetivos de longo prazo, quatro deles ligados à atividade-fim do instituto e outros quatro à gestão. Entre eles estão a “avaliação e a proposição de políticas públicas essenciais ao desenvolvimento do país” e a “formulação de estudos prospectivos para orientar estratégias de desenvolvimento de médio e longo prazos”.

Para o presidente do Ipea, Sergei Soares, o primeiro já reflete uma das atividades de excelência do instituto; o segundo, um investimento em marcha, em parceria com a SAE. “Fazemos avaliação de desenho de políticas públicas, de impacto, de processos há décadas e somos sinônimo de boas proposições e boas avaliações. Essa é a marca Ipea. Nos estudos prospectivos, temos ampliado nossa capacidade, com cursos de cenários, por exemplo. Estamos avançando em todas as frentes”, afirmou.

SALA DE SIGILO

rd80not06img02
Foto: João Viana

A assessoria de alto nível ao Estado requer ferramentas e estrutura adequadas, não apenas mão de obra qualificada. Pensando nessas necessidades, ainda na gestão de Neri a Assessoria Técnica da Presidência do Ipea, em parceria com outras unidades do instituto, começou a desenhar o projeto de construção de uma sala de sigilo para pesquisadores internos e externos.

“Não temos, no Brasil, a tradição de trabalhar com grandes fontes de informações sigilosas. Isso é algo comum em países como Estados Unidos e Inglaterra. Criamos a primeira sala de sigilo de Brasília com uma linha de protocolos de segurança que nos permitirá trabalhar com grandes fontes de informações públicas, registros administrativos, e cruzá-los”, explicou Neri.

A sala, situada na sede do Ipea, está pronta. O local tem isolamento acústico e rígido controle de acesso, com leitor digital, para possibilitar que bases de dados sigilosas, com ou sem informações pessoais, sejam trabalhadas sob os mais elevados procedimentos de segurança, evitando vazamentos. Agora, o instituto está negociando os primeiros acordos de cooperação com instituições da administração pública federal, para que as primeiras bases sejam transferidas à sala. 

Foto: João Viana
rd80not06img03
“Não temos, no Brasil, a tradição de trabalhar com grandes fontes
de informações sigilosas. Isso é algo comum em países como
Estados Unidos e Inglaterra. Criamos a primeira sala de sigilo de
Brasília com  uma linha de protocolos de segurança que nos
permitirá trabalhar com grandes fontes de informações públicas,
registros administrativos, e cruzá-los” 
Marcelo Neri, ministro de Estado chefe da Secretaria de Assuntos
Estratégicos da Presidência da República

Embora também ofereça acesso a bases de dados públicas e restritas, e não apenas às sigilosas, o monitoramento dos acessos à sala será padronizado e sempre rigoroso. O ambiente é monitorado em tempo integral por dispositivos de vigilância eletrônica, com registro em vídeo do trabalho realizado, da movimentação interna e das proximidades do local. Os computadores utilizados estão desconectados de outras redes e os servidores são mantidos em gabinetes com trava de segurança.

FERRAMENTAS

Quem acessa a página do Ipea na internet já deve conhecer alguns dos softwares que o instituto desenvolveu nos últimos anos para ajudar pesquisadores e toda a sociedade a obter dados de maneira fácil e georreferenciada. O IpeaData, o Ipea Mapas e o IpeaGEO são exemplos de ferramentas disponíveis a qualquer pessoa.

Mais recentemente, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Fundação João Pinheiro, também foi elaborada uma plataforma que reúne mais de 180 indicadores de população, educação, habitação, saúde, trabalho, renda e vulnerabilidade de 5.565 municípios brasileiros. Trata-se do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, que possui dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010.

rd80not06img05
Foto: João Viana

Para os próximos meses, o Ipea prepara o lançamento do Extrator de Dados, um software que permitirá a todos os interessados com conexão à internet cruzar dados de bases distintas, de acordo com suas necessidades, sem precisar baixar ou rodar um programa. O projeto dedesenvolvimento do Extrator também está sendo coordenado pela Assessoria Técnica da Presidência do Ipea.

Para tornar os processos internos de elaboração de pesquisa mais rápidos e eficientes, outras duas ferramentas criadas pela casa já estão sendo testadas. Uma delas é o Ipea Projetos – uma plataforma de cadastramento e monitoramento dos projetos assumidos por cada unidade do instituto adaptada à sua estrutura. Ali é possível saber quais são os produtos previstos, os coordenadores de cada atividade, os prazos de execução e os custos envolvidos. O objetivo é que o Ipea organize melhor sua produção e passe a contar com mais subsídios para avaliar se o plano estratégico está se concretizando no decorrer dos anos.

“Algumas novas funcionalidades do sistema são a busca de projetos por palavra-chave, a visualização de alterações – que permite saber, por exemplo, se houve modificação da data de entrega de um produto ou de sua coordenação – e os relatórios otimizados por coordenação, diretoria ou o Ipea como um todo”, explicou Patricia Morita Sakowski, uma das desenvolvedoras do Ipea Projetos.

A correta utilização da ferramenta visando à concretização do Plano Estratégico será objeto de observação de um Grupo de Trabalho de Acompanhamento do Ipea Projetos. “A ideia é manter bem ativa a discussão sobre o plano e seus parâmetros. O plano é composto de diversos direcionadores estratégicos. Vamos analisar quais são atendidos de maneira mais adequada para, posteriormente, discutir com os técnicos do Ipea, os diretores, e rever os caminhos que estão sendo seguidos”, explicou Ronaldo Dias, assessor-chefe de Planejamento e Articulação Institucional.

A segunda ferramenta criada recentemente e de grande utilidade para o trabalho no instituto é o Ipea Publica. Trata-se de um sistema de submissão, revisão e aprovação de artigos que reforçará a qualidade e a transparência das publicações do Ipea. O software registrará todas as alterações e trâmites realizados no processo de elaboração do texto. E permitirá, ainda, que pareceristas façam comentários sobre o conteúdo na mesma plataforma. “Com o Ipea Publica, automatizamos e sistematizamos processo de submissão e revisão dos artigos, desde o momento em que ele é concluído pelo autor até quando está pronto para ser enviado ao Editorial”, afirmou Alexandre Ywata, chefe da Assessoria Técnica da Presidência do Ipea.

MESTRADO PROFISSIONAL

Em alinhamento com a nova missão do instituto – “aprimorar as políticas públicas essenciais ao desenvolvimento brasileiro, por meio da produção e disseminação de conhecimentos e da assessoria ao Estado nas suas decisões estratégicas” –, o Ipea também inaugurou, no ano do Jubileu de Ouro, o Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Desenvolvimento.

Em parceria com a Escola Superior de Administração Fazendária (ESAF), em Brasília, o curso tem o objetivo de oferecer os elementos necessários à formação de gestores públicos para as diversas esferas de governo. De um lado, fornece instrumental analítico rigoroso, crítico e amplo o suficiente para captar a complexidade do fenômeno do desenvolvimento. De outro, proporciona uma aproximação entre a formação acadêmica e a institucionalidade e o modo de funcionamento das políticas públicas.

“Temos um foco bastante preciso na área de políticas públicas e outro mais voltado para política econômica. De qualquer maneira, todos os estudantes passam por uma formação básica comum que tem a ver um pouco com estudos de elementos de economia, de métodos quantitativos e de economia brasileira”, explicou o coordenador acadêmico do curso, Claudio Amitrano, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea. “Após as quatro disciplinas comuns às duas áreas, cada grupo de estudantes vai focar naquilo que tem mais interesse, políticas públicas ou política econômica.”

Com uma duração total de 704 horas-aula, o curso teve início em abril deste ano e vai até 2016. As aulas ocorrem na sede da ESAF, sempre das 18h30 às 22h30, e um hotsite foi criado pelo Ipea para fornecer mais informações sobre o mestrado (www.ipea.gov.br/sites/mestrado). “Prover servidores de competências técnicas específicas que são aderentes à área de atuação vai, sem sombra de dúvida, ampliar a qualidade dos trabalhos que esses servidores realizam”, disse o diretor-adjunto da ESAF, Nerylson Lima.

Esta primeira turma é formada por 40 gestores federais de 16 instituições, como Senado Federal, Anatel, Advocacia Geral da União, Ministério da Fazenda e Incra. A seleção ocorreu por edital público e os professores passaram por processo seletivo interno do Ipea. 

rd80not06img06

Uma das alunas é Ângela Regina Koçouski, servidora lotada na Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel. Após tomar conhecimento do Mestrado Profissional do Ipea e ESAF pela internet, ela decidiu concorrer a uma vaga para a formação complementar em políticas públicas e desenvolvimento. “Acredito que o conhecimento global das políticas
públicas, tanto nacional quanto internacional, fornecerá subsídios para a melhoria do processo de formulação e acompanhamento da regulação dos serviços públicos de energia elétrica no Brasil”, afirmou, explicando como o curso pode contribuir para seu trabalho e sua carreira.

PERFIL


rd80not06img04
Foto: João Viana

De físico a doutor em economia, de estagiário a presidente

Filho de cientistas sociais e pesquisador do Ipea há 16 anos, Soares especializou-se em bem-estar social e econometria aplicada

Doutor e mestre em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), Sergei Suarez Dillon Soares foi estagiário do Ipea entre 1991 e 1992 e ingressou por concurso público, em 1998, na carreira de técnico de Planejamento e Pesquisa do instituto, pelo qual publicou dezenas de estudos na área de Economia do Bem-Estar Social, com ênfase nas relações entre educação, mercado de trabalho e desigualdades, além de avaliar e propor políticas públicas em atividades de assessoramento. Nascido em 1966, filho dos cientistas sociais Glaucio Ary Dillon Soares e Mireya Suárez, graduou-se em Física na PUC-Rio antes de optar pela Economia. Presidiu a Associação de Funcionários do Ipea, trabalhou no Ministério da Educação (MEC) e foi economista sênior de educação no Banco Mundial, em Washington, onde montou sistemas para acompanhar os projetos financiados, como o programa mexicano de combate à pobreza.

Em outubro de 2012, após Marcelo Neri assumir o cargo de presidente do Ipea, passou a atuar como chefe de gabinete do instituto e pró-reitor do Mestrado Profissional montado em parceria entre o Ipea e a Escola de Administração Fazendária (ESAF), cujo primeiro curso, voltado para servidores selecionados de ministérios e órgãos federais, teve início em abril de 2014. Entre abril e maio de 2014, exerceu as funções de diretor de Estudos e Políticas Sociais e presidente substituto do instituto. Nomeado titular, tomou posse como presidente em 27 de maio.

“Sergei é um pesquisador renomado por sua excelência e produtividade, apaixonado pelo trabalho de avaliar e propor políticas públicas visando ao desenvolvimento. Como chefe de gabinete, desempenhou com brilhantismo e abnegação as funções de um secretário-executivo, embora a posição não exista com esse nome na casa”, afirmou Marcelo Neri, que conhece Soares desde seus tempos de mestrado – quando ambos se concentravam na inflação, como a maioria dos economistas brasileiros à época – e tornou-se técnico do Ipea junto com ele no mesmo concurso de 1998.

São muitas as contribuições de Soares com diagnósticos, propostas ou métodos aplicados à análise social. O destaque conferido a lições de políticas brasileiras no Human Development Report 2014, lançado pelas Nações Unidas em julho no Japão e repercutido em todo o mundo, por exemplo, baseia-se em parte no seu artigo What explains the decline in Brazil’s inequality?, em parceria com Degol Hailu. Entre pesquisas sobre clivagens raciais na educação e no trabalho, cruzamentos entre bases de dados escolares e assistenciais, propostas para redistribuição progressiva dos tributos ou análises seculares da desigualdade em vários países, os trabalhos de Soares são leitura obrigatória para especialistas e gestores de diversas áreas. Pesquisadores que analisam os microdados longitudinais de trabalhadores disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também costumam passar pelas instruções e rotinas de programação que publicou com Rafael Ribas no Ipea, as quais se tornaram algoritmos de uso público.

Quem, por acaso, viu um jovem apresentar seu estudo sobre Função de transferência de gradiômetros usando série de Fourier, no Workshop de Física Médica e Biofísica da Universidade de São Paulo, em 1990, dificilmente poderia prever a bibliografia daquele futuro estagiário, pesquisador, chefe de gabinete, diretor e presidente do Ipea. Contudo, a veia do economista empírico já estava lá fazia tempo. “Sou grato a meus pais, Glaucio e Mireya, com quem aprendi a pensar cientificamente, e à minha esposa, Mônica, pois sem seu apoio não teria sequer terminado o doutorado”, reconheceu Soares ao assumir o atual posto.

“O Ipea nasceu há 50 anos, em um momento não muito feliz de nossa história, mas foi uma excelente ideia. Com alcance semelhante só conheço o Korean Development Institute, que contribuiu fortemente para o desenvolvimento daquele país, como acredito que o Ipea contribuiu e deverá contribuir ainda mais fortemente para o desenvolvimento do nosso país”, avaliou Soares, ao ressaltar os desafios da instituição:

“Em todos os casos em que tivemos sucesso e contribuímos fortemente para as políticas públicas com nossas propostas, foi porque colocamos uma grande quantidade de conhecimento e trabalho científico de ponta por trás delas. A gente tem que fazer pesquisa para prestar assessoria. É para isso que a gente existe e é o grande desafio desta casa: fazer isso cada vez mais e cada vez melhor.”

LIVROS ELETRÔNICOS

rd80not06img07
Foto: João Viana

Outra iniciativa voltada para o público externo e aderente à missão institucional é o início da produção, dentro do Ipea, de livros eletrônicos no formato EPUB. Trata-se de um arquivo digital aberto projetado para conteúdo fluido – ou seja, permite que a tela de texto adapte-se à orientação e ao tamanho da tela do tablet ou do celular utilizado para leitura do produto. A tendência é que o formato EPUB torne-se o padrão universal para a distribuição e venda de livros eletrônicos em formato aberto (não proprietário).

A iniciativa do Ipea responde a um mercado crescente no Brasil. De acordo com a Câmara Brasileira do Livro, as vendas de e-books no país cresceram 225% entre 2012 e 2013, enquanto as de livros impressos evoluíram apenas 4% no mesmo período. No entanto, apesar das previsões de ampliação do mercado, as publicações digitais ainda correspondem a somente 3% do mercado editorial brasileiro.

“No segundo semestre de 2013 começamos a pensar na estrutura para conseguirmos produzir, dentro do Ipea, livros em EPUB. É um processo de aprendizagem de uma nova tecnologia”, afirmou Cláudio Passos de Oliveira, coordenador do Editorial do instituto. O aprendizado foi rápido. Já são 26 os livros em EPUB em fase de testes para publicação. Os primeiros estarão disponíveis no Portal Ipea ainda neste ano (www.ipea.gov.br), na seção Publicações. O projeto de desenvolvimento dos e-books incluiu a contratação de um consultor externo, e a produção atende aos padrões globais do International Digital Publishing Forum (IDPF), órgão regulamentador do formato EPUB, sediado em Seattle, nos Estados Unidos.

CONFIANÇA NA EQUIPE

O planejamento estratégico não poderia ter sido realizado em período mais propício. Em sua cerimônia de posse como presidente, em 27 de maio, Sergei Soares lembrou que, pela primeira vez em 50 anos, o Ipea tem uma diretoria formada exclusivamente por técnicos de carreira do instituto. “A escolha de um presidente com origem na instituição mostra a confiança do ministro Marcelo Neri nas qualidades do Ipea. Se temos, hoje, um presidente e uma diretoria inteiramente da casa, é pela confiança do ministro nesta instituição, o que nos coloca uma responsabilidade também”, comentou Soares, que deixou a Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc), agora liderada por Herton Ellery Araújo, também pesquisador de carreira.

rd80not06img08

“A SAE e o Ipea são um time”, frisou o presidente, ao enfatizar que a missão essencial do instituto envolve a combinação entre pesquisa e assessoria. “Uma pesquisa de ponta permite dar nossa ajuda para que o governo tome as melhores decisões possíveis, com as melhores condições”, disse. Ele ressaltou também as contribuições dos presidentes que o antecederam desde os anos 1990, quando ingressou na instituição. “Um desafio enorme me aguarda; as pegadas das contribuições dos que me antecederam são muito fortes”, declarou.

O ministro da SAE e presidente anterior do Ipea, Marcelo Neri, explicou a escolha de Soares para a presidência do instituto, vinculado ao ministério, por ser um pesquisador e gestor que concilia ciência e humanismo. Neri assumira a presidência do instituto em setembro de 2012 e a acumulava, desde março de 2013, com a função de ministro interino da SAE. Ao ser efetivado como ministro da SAE, em maio de 2014, indicou Soares, que foi chefe de gabinete e diretor em sua gestão, para sucedê-lo no Ipea.

No lançamento do novo Plano Estratégico e na transmissão do cargo, Neri fez um balanço de sua gestão e anunciou algumas das inovações construídas. Ele destacou a iniciativa de valorizar a pluralidade de visões na composição da diretoria e a criação de soluções horizontais para facilitar o trabalho de todos os pesquisadores.

“Montamos um modelo interessante, com as diretorias sendo ocupadas por técnicos de carreira e com formações diversas. Eles assumiram as decisões sobre projetos e recursos e também as responsabilidades por eles. Procuramos privilegiar ações que beneficiassem o conjunto das diretorias, e não apenas determinada área; exemplo disso é o próprio planejamento estratégico”, afirmou Neri.

 
Copyright © 2007 - DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação sem autorização.
Revista Desafios do Desenvolvimento - SBS, Quadra 01, Edifício BNDES, sala 1515 - Brasília - DF - Fone: (61) 2026-5334