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Cartas

2007 . Ano 4 . Edição 38 - 10/12/2007

 

Ainda me lembro de uma entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à revista Veja em que ele afirmava o caráter gerador de riquezas do capitalismo, mas com concentração de renda. Lembrei-me dessa lição ao ler em Desafios, com um certo alívio, a matéria sobre economia solidária.

O A leitura da edição especial sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), confesso, me deixou duas sensações completamente antagônicas: de um lado, uma certa felicidade ao descobrir que o Brasil reduz a miséria, melhora os seus índices sociais e, enfim, caminha para a frente. Se esse avanço é lento ou na velocidade adequada não poderia dizer, mas o fato é que caminhamos. Por outro lado, baixou uma desconfiança típica de um brasileiro que só vê e lê desgraças no dia-a-dia. Longe de desconfiar dos dados colhidos pelos técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desconfio é da leitura correta desses mesmos dados, frente à realidade diária: a Pnad fala do aumento exponencial das matrículas escolares, mas de que vale isso se o ensino é de quinta categoria? A melhoria do IDH brasileiro confirma o avanço detectado pela Pnad,mas de que vale isso se apenas alguns poucos têm acesso às benesses do desenvolvimento humano?

Faltou nas matérias um complemento que li em um outro texto sobre a educação nessa mesma revista: em 2022 os estudantes brasileiros, que têm hoje média 3,8 nas provas internacionais de conhecimento, deverão alcançar média 6,0 nesses mesmos testes, como a maioria dos países desenvolvidos. Enfim,um técnico comprovou com dados o avanço na universalização das matrículas, mas reconhece a baixa qualidade do ensino e marca uma meta para melhorar os resultados. É esse complemento dos técnicos que senti falta nas matérias. Não é a simples opinião contrária de opositores, mas uma leitura dos dados e suas conseqüências. Espero sinceramente que a meta da educação não objetive apenas transferir responsabilidades para um futuro em que ninguém mais vai se lembrar das promessas do passado.

Carlos Magalhães
Rio de Janeiro/RJ


O artigo "O Dilema da Repetência e da Evasão", publicado pela revista Desafios de outubro de 2007 (Ano 4 - nº 36) não reflete a realidade da educação brasileira.

A repetência e a evasão já caíram por terra. Isso é fato pelo menos aqui em Belo Horizonte. O sistema educacional da Prefeitura de Belo Horizonte, onde a secretária do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda Almeida, também já foi secretária, é a famosa Escola Plural.

Esta escola é focada na progressão continuada. Mas na verdade quem conhece a realidade de perto observa uma bagunça generalizada, projeto pedagógico nenhum, perversidade dos alunos, falta exagerada de professores e, o mais importante, aprendizagem "abaixo da crítica". Essa escola, elaborada na gestão do prefeito Patrus Ananias há mais de dez anos, foi feita para economizar dinheiro. Para ir mais longe, discordo totalmente da secretária quando ela diz que progressão continuada não é aprovação automática. Os números das Olimpíadas de Matemática, Prova Brasil, Simave, etc., aplicados para a oitava série confirmam o que estou dizendo. O quadro é dramático: oito/nove anos de analfabetismo.

Para melhorarmos a educação no Brasil temos de elaborar outra Lei de Diretrizes e Bases (LDB). A escola pública é chata para os alunos, paga mal os professores, é muito conivente com a indisciplina do aluno (vejo toda hora professores, coordenadores e diretores serem xingados e nada acontecer). Além disso, as escolas não têm autonomia e a estrutura curricular é inflexível.

Poderia falar horas sobre a podridão da Escola Plural e sua "inclusão"dos alunos. Esse continua copista sem raciocínio.

A respeito da pesquisa, esta é pouco conclusiva porque não compara os sistemas educacionais e a realidade socioeconômica e educacional de cada país.

Acho que é hora de sair da superfície e ir fundo no problema educacional brasileiro."Qualidade de ensino é um conceito abstrato."

Gustavo Varella Amorim
Belo Horizonte/MG


Leio na imprensa a notícia de que o país voltará a investir no reaparelhamento das Forças Armadas, mas - alvíssaras! - sem comprar armamentos no exterior e sim retomando as encomendas no nosso parque industrial. Embora capaz de entender a importância dessa medida, tanto em termos de modernização de equipamentos quanto em relação à geração de empregos país afora, pergunto: não cabe uma matéria de pesquisa aplicada ao real significado dessa decisão no desenvolvimento tecnológico nacional? A Imbel sobrevive ainda por teimosia do Exército. O que significará, em termos reais, a duplicação dos investimentos de recursos na atualização das nossas Forças Armadas? O desenvolvimento de equipamentos adaptados à realidade geográfica brasileira? Tanques movidos a álcool ou aviões como o Tucano,que se mostrou extremamente adaptado às condições de uso na Amazônia. Ou será que todos esses anos sem investir no nosso complexo militar tecnológico já não causaram um estrago, tecnologicamente falando, em relação ao mundo e agora não tenhamos de reinventar a roda? Investir em tecnologia sempre agrega valor e nos permite exportar em melhores condições.

Álvaro Chagas
Brasília/DF

 
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