Cartas |
2007 . Ano 4 . Edição 31 - 5/2/2007 Cartas Li a revista Desafios de setembro e quero comentar alguns temas. O que li não comunga com os propósitos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) ou com a expressão contida na Carta ao Leitor da mesma edição:“(. . . ) melhorar a educação (. . . )”. Na seção Giro, na página 9, com o título “Boa notícia vinda do céu”, está uma nota que considero muito auspiciosa. Auspiciosa além da conta, para ser mais realista, ao afirmar que o buraco na camada de ozônio parou de aumentar. Basta visitar o site da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) para ler o seguinte:“Do dia 21 ao dia 30 de setembro de 2006, a área média do buraco na camada de ozônio era a maior já observada, ocupando 10, 6 milhões de milhas quadradas”. Declaração feita por Paul Newmam, cientista atmosférico da Nasa. Sugiro aos editores que promovam uma correção. Na reportagem “Quanto custa o rótulo”, pergunto por que consideram o cultivo de transgênicos uma “(. . . ) realidade irreversível no planeta”? Poderiam ter discorrido sobre os diversos relatórios a respeito do aumento do emprego de agrotóxicos em cultivos de organismos geneticamente modificados (OGMs) ou sobre uma pesquisa feita no Reino Unido a respeito do interesse dos cidadãos no consumo de OGMs. Mas noto que os efeitos sobre a saúde humana são um tema sempre ignorado em reportagens sobre transgênicos, como o foi nesse caso. Para melhorar nossa educação, sugiro a leitura de um artigo publicado recentemente por Terje Traavik e Jack Heinemann, disponível em www. biosafety-info. net/file_dir/7197621204554 31f1a3942. pdf. Trata-se de uma revisão bibliográfica que contém informações imprescindíveis para a decisão de comer ou não transgênicos. Entretanto, os temas acima ofuscam-se frente a duas notas publicadas na seção Circuito, sob os título “Armas I”e “Armas II”. Lamentável a visão distorcida da guerra. Nelson Jacomel Junior Prezado Nelson, Foi divulgado, pela imprensa, que Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, teria assegurado que o Brasil não está tão mal assim, já que o Japão gasta 3, 8% do PIB em educação e nós gastamos 4, 2% do nosso PIB. Só que, transformando a percentagem em dólares, concluise que o investimento japonês em educação supera em mais de cinco vezes o brasileiro. Parece que existe certa dificuldade das pessoas em entender que percentagem não acompanhada do valor absoluto tem pouco ou nenhum significado. George Le Brun de Vielmond Professor universitário O artigo de Divonzir Gusso, publicado com o título “Um Brasil mal instruído”, na revista Desafios de outubro de 2006, deveria ser lido pelos 180 milhões de brasileiros. Somos um dos melhores do mundo no futebol, os melhores em vôlei, os melhores em muitas coisas. . . menos na educação e, conseqüentemente, no trabalho e na produção. Faz quatro anos que estou na docência universitária, depois de trinta anos na indústria, achando que iria contribuir para um Brasil melhor ao passar minha experiência. . . mas o que o jovem percebe diante do que vem do Congresso Nacional desestimula-o, transformando os meus sonhos em castelos de areia na praia. Elio Ferrato Professor universitário Foi uma grata surpresa ter recebido, no dia 17 de dezembro, o exemplar do mês de novembro de 2006 da revista Desafios do Desenvolvimento, a qual não conhecia. Parabéns pela qualidade gráfica da revista e, especialmente, pelo seu conteúdo. Gostei muito da matéria sobre a Rocinha e também da que trata da questão do saneamento básico (“Hora da decisão”). Muito obrigado e mais uma vez parabéns! Luiz Humberto Urzedo de Queiroz ERRAMOS Na reportagem “A opção atômica”, publicada na edição passada de Desafios, na página 16, na terceira linha, onde está escrito “fusão nuclear”, deveria ser “energia nuclear”. E, na mesma reportagem, na legenda da foto estampada na página 23, onde se lê “1, 8 bilhão de reais”, deve-se ler “1, 8 bilhão de dólares”. |