resep nasi kuning resep ayam bakar resep puding coklat resep nasi goreng resep kue nastar resep bolu kukus resep puding brownies resep brownies kukus resep kue lapis resep opor ayam bumbu sate kue bolu cara membuat bakso cara membuat es krim resep rendang resep pancake resep ayam goreng resep ikan bakar cara membuat risoles
Análises e Previsões: A crise econômica internacional e os impactos sobre a vida das mulheres

2009 . Ano 6 . Edição 52 - 05/07/2009

Gênero: A crise econômica internacional e os impactos sobre a vida das mulheres

Nos oito meses que se seguiram aos primeiros efeitos da crise no País (setembro-2008 a abril-2009), o crescimento da população economicamente ativa (PEA) feminina foi menor que o crescimento da PEA masculina em todas as Regiões Metropolitanas pesquisadas na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED - Dieese/Fundação Seade). Importante destacar que há, neste caso, uma reversão de fenômeno verificado em anos anteriores, quando se notava uma leve tendência ao crescimento maior da PEA feminina em relação à PEA masculina. Há indícios, portanto, de que o contexto de crise econômica retirou, relativamente, mais mulheres do mercado de trabalho do que homens. Em outras palavras, parece que o baixo dinamismo econômico tem empurrado as mulheres para a inatividade.

As informações da PED sobre a taxa de participação de homens e mulheres no mercado de trabalho deixam mais clara essa tendência que, apesar de leve, é nítida e previsível, na medida em que expressa traços de nossa cultura patriarcal. Isso porque em situações de perda de emprego/ocupação no núcleo familiar (com conseqüente redução dos rendimentos mensais), há maior probabilidade de que mulheres retornem às suas casas e se responsabilizem pelas atividades domésticas do que homens, seja pelo fato de que trabalhavam em pequenos empreendimentos familiares que não sobreviveram à crise, seja porque a perda de rendimento familiar impossibilitou a manutenção de uma trabalhadora doméstica que desenvolvia atividades que agora deverão ser desempenhadas por ela - ao passo que a trabalhadora doméstica dispensada também pode voltar para a "inatividade". Historicamente, as taxas de desemprego femininas são significativamente mais elevadas que as masculinas e os dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE (PME) e da PED confirmam esta tendência. No contexto de crise, entretanto, parece haver um movimento diferenciado, no qual as taxas de desemprego masculinas tendem a se elevar mais, em termos relativos.

De forma complementar, faz-se importante analisar os dados relacionados à ocupação, cujas variações nos meses póssetembro de 2008 foram, de forma geral, negativas para homens e mulheres, novamente com variações relativas um pouco mais acentuadas no caso das mulheres - sendo que, em anos anteriores, a ocupação feminina crescia mais, relativamente, quando comparada à ocupação masculina. Ou seja, parece que a crise refreou um processo, até então existente, de feminização do mercado de trabalho.

Cada setor de atividade econômica tem seus próprios mecanismos de reação, assim como se comportam de maneira diferenciada os setores mais ou menos estruturados da economia. Apesar da limitação dos dados, e da própria natureza conjuntural da análise, incapaz de captar todas as tendências e movimentos existentes, as informações disponíveis sugerem que pode estar havendo uma precarização geral do emprego como reação à crise, que se manifesta na elevação da inatividade e também no aumento de mulheres em postos mais precários, como trabalho sem remuneração e trabalho sem carteira assinada. Por outro lado, há que se mencionar evidências de uma "feminização" do mercado de trabalho formal, o que é positivo, mas pode também expressar uma estratégia do empresariado em contratar de forma mais precária.

 indicadores52_01

indicadores52_02

indicadores52_03

 
Copyright © 2007 - DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação sem autorização.
Revista Desafios do Desenvolvimento - SBS, Quadra 01, Edifício BNDES, sala 1515 - Brasília - DF - Fone: (61) 2026-5334