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Livros e Publicações

2009 . Ano 7 . Edição 56 - 10/12/2009

rd56sec10img0150 Anos de Formação Econômica do Brasil. Ensaios Sobre a Obra Clássica de Celso Furtado
Organizadores: Tarcisio Patricio de Araújo, Salvador Teixeira Werneck Vianna, Júnior Macambira
Ipea, 2009 288 páginas

50 Anos de Formação Econômica do Brasil. Ensaios Sobre a Obra Clássica de Celso Furtado


Por que o Estado que - em meio século, 1930-1980 - comandou a consolidação do Brasil industrial não contribuiu para evitar a estranha perenidade da desigualdade e da pobreza? O livro em epígrafe não responde a tal desafio, mas mostra que Formação Econômica do Brasil tem elementos para inspirar a busca de respostas.

Cristovam Buarque, no Prefácio, registra que no Brasil educação foi sempre relegada como fator econômico ou social estratégico, e por isso não teria sido contemplada por Furtado, na Formação. César Benjamin, no Prólogo, põe a Formação no devido lugar em que se situam Casa-Grande & Senzala (Gilberto Freyre), Raízes do Brasil (Sérgio Buarque de Hollanda), Formação do Brasil Contemporâneo (Caio Prado Jr.) - como fundamentais para o lançamento das "bases da moderna ciência social brasileira" e para "o início de uma fecunda reinterpretação do Brasil". Ao que depois acrescenta - sem excluir outros grandes visionários intelectuais brasileiros - Darcy Ribeiro (de O Povo Brasileiro). Ademais, uma visão crítica da trajetória atual do País é esboçada. O Prefácio e o Prólogo, além da Introdução, instigam o leitor e lhe dão bases para, ao sabor do interesse intelectual, escolher por onde iniciar a leitura dos 11 ensaios.

Os dois primeiros ensaios, respectivamente de Francisco de Oliveira e Ricardo Bielschowsky - deste um texto clássico revisado pelo autor, para o livro -, se contrapõem na interpretação do "deslocamento do centro dinâmico". Oliveira defende a preeminência de uma ideia de "deslocamento geográfico" (termos nossos), da cana-de-açúcar (Nordeste) para o café (Sudeste), em contraste com a visão consagrada por Bielschowsky acerca da passagem (anos 1930) da economia primário-exportadora para a industrialização substitutiva de importações.

Aloisio Teixeira faz a devida "arqueologia" da temática 'desenvolvimento e crescimento', identificando raízes já na economia política clássica e contextualizando o debate - assumindo a hipótese de que o tema do desenvolvimento econômico ganha corpo e identidade no pós-Segunda Guerra, ou seja, no período da golden age do capitalismo.

O ensaio seguinte, por Salvador Teixeira Werneck Vianna, revisita a questão do subdesenvolvimento no País, aludindo a fatores históricos de geração e manutenção da estrutura subdesenvolvida.

O quinto ensaio, por Salvador Werneck e Marcos Vinicius, retoma a defesa da teoria furtadiana do subdesenvolvimento, negando influência significativa da Lei de Say; os autores referendam a visão pessimista da permanência do subdesenvolvimento.

Pedro Paulo retoma, critica e reforça a tese de Furtado sobre a impossibilidade de um país periférico praticar, nos moldes do padrão ouro, política macroeconômica (monetária e cambial) similar à de países do centro; tema que - com as devidas qualificações - permanece atual.

Tania Bacellar e Valdeci Monteiro qualificam a contribuição de Furtado para o entendimento da singularidade do Nordeste na formação econômico-social brasileira; e trazem ao leitor um Nordeste "atualizado", em que o "novo" do agronegócio e do terciário moderno convive com a permanência de mazelas sociais.

Bertha Becker nos leva a focar a Amazônia, matizando a visão regional e qualificando a dimensão do papel dessa região na formação econômico-social do País.

A geógrafa pondera que à região Furtado dedica relativamente poucas palavras, ressaltando a borda leste da Amazônia (o estado do Maranhão), para compor o complexo econômico nordestino, na esteira da expansão pecuária como atividade reflexa do sistema açucareiro; e a Amazônia como espaço de imigração nordestina atraída pela exploração da borracha, no período de transição para o trabalho assalariado.

Guilherme Delgado contempla uma raiz da geração de desigualdades no País: o binômio terra-mão de obra. É feita, de modo preciso, uma releitura da Formação, pela qual - instigada por questões contemporâneas - são identificados "elementos essenciais" do texto original de Furtado, isolando-os de contribuições que este iria acrescentar em obras posteriores. Tais acréscimos, na visão de Delgado, aprofundam a abordagem furtadiana contida na Formação.

No décimo ensaio temos acesso ao itinerário intelectual percorrido por Furtado até a elaboração da Formação, conforme visão de Leonardo Guimarães, e no último somos levados a pensar sobre uma inédita linha de trabalho proposta por Fabio Sá- Earp: como teria se dado o impacto, sobre o debate econômico no País, do pensamento de Furtado, em particular da síntese contida na Formação.

O livro constitui profícua abordagem sobre o que representa - em particular para estudantes de graduação e pós-graduação - a contribuição de quem, como Furtado, não era um intelectual da academia.

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Marcos Regulatórios no Brasil - É Tempo de
Rever Regras?
Organização: Lucia Helena Salgado e Eduardo
Fiúza
Ipea, 282 páginas

Marcos Regulatórios no Brasil - Judicialização
e Independência?
Organização: Lucia Helena Salgado
Ipea, 82 páginas

Marcos Regulatórios no Brasil - É Tempo de Rever Regras?

A ação das agências reguladoras, os marcos regulatórios e a necessidade de constantes atualizações são questões levantadas no livro Marcos Regulatórios no Brasil, publicado pelo Ipea. O primeiro volume - É Tempo de Rever Regras? - é resultado dos debates da 4ª Jornada de Estudo de Regulação, que contou com a presença de especialistas de diversas instituições, inclusive das próprias agências reguladoras. O livro está dividido em seis partes, começando pela questão dos desafios regulatórios e impactos concorrenciais no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Em seguida, são abordadas diversas questões, como eficiência e necessidade de atualização do marco regulatório nos setores de telecomunicações e petróleo.

O segundo volume - Judicialização e Independência - mostra que as decisões dos órgãos reguladores se processam em duas fases: a decisão e a defesa da decisão na justiça.

 

 

 

 

 


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Diálogos para o Desenvolvimento
Organização: José Celso Cardoso Jr. e Carlos
Henrique R. de Siqueira
Ipea, 164 páginas

Diálogos para o Desenvolvimento

O livro Diálogos para o Desenvolvimento é produto do projeto Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro, com o qual o Ipea retoma o debate sobre desenvolvimento, um tema que voltou à ordem do dia com a estabilização da economia e condições favoráveis ao crescimento. Ao longo de 2008, o instituto organizou o primeiro Ciclo de Seminários do Desenvolvimento Brasileiro, com a participação de especialistas de diferentes áreas que debateram as perspectivas para o Brasil no cenário internacional, as relações entre desenvolvimento, Estado e sociedade, sistema e pacto político, os avanços da Constituição de 1988 para as políticas públicas e o desenvolvimento nacional, e a mídia e poder. O resultado é apresentado agora com a publicação do livro.

"Embora o conjunto de textos aqui reunidos sejam deliberadamente heterogêneos, eles apontam para alguns entendimentos comuns", explica a diretoria do Ipea na apresentação. Entre eles estão a reafirmação da democracia como valor fundamental, o desenvolvimento com distribuição de renda e o papel do Estado como fomentador e organizador do desenvolvimento.

 
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