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A resposta brasileira à China e à Índia

2006. Ano 3 . Edição 18 - 1/01/2006

Aristides Monteiro Neto

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"O Desafio da China e da Índia: a Resposta do Brasil"
João Paulo dos Reis Velloso, coordenador
José Olympio Editora, 2005, 728 p., R$ 75,00

Na rodada de discussões deste ano do Fórum Nacional, o grande tema foi a inserção internacional do Brasil na economia mundial e o desafio representado pela exitosa expansão das economias de China e Índia. A coletânea organizada por João Carlos dos Reis Velloso traz uma série de debates estruturados nos cinco grandes painéis apresentados no fórum, cada um deles aberto por um ministro de Estado. O tema proposto reveste-se de grande importância para se pensar trajetórias de crescimento para o Brasil. Entretanto, nota-se ausência de informação aprofundada por parte dos palestrantes sobre aqueles dois países. Exceto pelas bem conhecidas afirmações acerca das elevadas taxas de crescimento econômico e do correspondente aumento da participação desses países no comércio mundial, pouca coisa substantiva - necessária para evidenciar um quadro comparativo de fôlego entre as economias - foi debatida pelos vários autores. Tem sido regra geral, por exemplo, argumentar que a liberalização irrestrita dos mercados de capitais é condição essencial para os países se constituírem receptores de capitais, mas nem a China nem a Índia têm mercados financeiros completamente abertos e ambos praticam algum tipo de controle para a saída de capitais - coisa que o Brasil não faz - e estas duas economias têm sido bastante exitosas em receber investimento direto externo (IDE).

Dito isso, é necessário constatar que o fórum trouxe posições mais arejadas acerca do papel a ser desempenhado pelo Estado brasileiro visando à retomada do crescimento econômico. A despeito das restrições fiscais, voltou-se a falar, depois de uma década de reformas para a diminuição do tamanho do Estado, mais ativamente em políticas industriais, agrícolas e de infra-estrutura. Os ministros Luiz Furlan (Painel: Apoio à inovação para o fortalecimento da competitividade das empresas), Roberto Rodrigues (Painel: Perspectivas do agronegócio) e José Dirceu (Painel: O investimento privado em infra-estrutura capaz de impulsionar o desenvolvimento) deram o tom das novas estratégias de crescimento com o apoio do governo federal. Por fim, o ministro Ciro Gomes (Painel: Regionalizando o desenvolvimento: estratégias para o Nordeste e a Amazônia) retomou a idéia do crescimento espacialmente equilibrado ao defender que políticas regionais, ao contrário de serem vistas como excêntricas e supérfluas, são uma constante há décadas nos países desenvolvidos. Daí que o Brasil precisa retomar as ações em prol da harmonização territorial de seu desenvolvimento.

Em suma, o fórum contribuiu muito ao sugerir que competidores internacionais crescendo de modo rápido estão ocupando espaços na economia mundial que poderiam ser do Brasil. A resposta do país a esse desafio continua sendo obstada pela macroeconomia vigente: as soluções apresentadas para a manutenção da estabilidade macroeconômica depositam inteiramente na política fiscal de contenção da demanda agregada o fardo pela diminuição do endividamento público (que a política de juros altos tende a expandir).

 
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