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Análise de uma nova potência

2005. Ano 2 . Edição 8 - 1/3/2005

Mario Sergio Salerno

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"O que a transformação da China significa para os negócios, os mercados e a nova ordem mundial" é o subtítulo adicionado na edição brasileira (muito malcuidada, com vários erros inadmissíveis de grafia|digitação e de gramática) do livro de Jonathan Story, publicado originalmente em 2004. A edição é fiel, pois o livro busca atingir um público de negócios. Seu objetivo explícito é auxiliar as empresas que pretendem fazer negócios na (e da...) China, particularmente na instalação de subsidiárias, ação em que as empresas brasileiras mostram notável atraso, com as exceções de praxe.

Story, hoje trabalhando no Instituto Europeu de Administração de Empresas (Insead), com sede na França, é um dos mais respeitados analistas ocidentais da China, com vasta obra. Em nove capítulos, discute a política e a economia chinesas, com ênfase no que considera "conservadorismo" da elite dirigente (ou seja, do Partido Comunista Chinês), que preferiria movimentos menos radicais e mais seguros, uma vez que teria aprendido com as malsucedidas tentativas abruptas de mudança propostas por Mao. Outra característica apontada pelo livro é o olhar para o que acontece nos países próximos, para aprender com os acertos e os erros do desenvolvimento pós-guerra principalmente de Japão e Coréia. Idem para os fatores que levaram à última crise asiática (1997-1998), que, em análise e observação atentas e pragmáticas, teriam levado a China a manobrar para evitar o contágio de moedas que desmoronavam uma após outra. A ex-União Soviética seria outro objeto de observação e análise, para não incorrer em problemas derivados de uma transição radical e pouco controlada.

Em relação a esse ponto, o livro faz, em diversas passagens, uma comparação entre a China e a União Soviética, seja pela interpretação dos legados de Mao e Brejnev, seja pela análise da "transição" levada a cabo por China e Rússia. A posição do autor é clara: os chineses teriam tido muito mais habilidade para controlar e obter sucesso na transição.

No caso específico dos negócios, muita ênfase é dada à cultura e ao estilo de fazer negócios com uma rede de relacionamentos familiares e de amizade (definida pela palavra "guanxi"), que valeria mais do que contratos. Transparece também a interpretação de que os chineses são muito pragmáticos e atuam estratégica e organizadamente, o que pode soar contraditório com as práticas de guanxi. O livro pode ser muito útil para aqueles que procuram compreender os passos e as estratégias da China. Apresenta vários dados para situar o leitor e é bastante otimista em relação ao futuro econômico do país - no último capítulo, faz um exercício sobre o que seria a China em 2020, ainda que a democracia se consolide "ao estilo chinês".

 
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