resep nasi kuning resep ayam bakar resep puding coklat resep nasi goreng resep kue nastar resep bolu kukus resep puding brownies resep brownies kukus resep kue lapis resep opor ayam bumbu sate kue bolu cara membuat bakso cara membuat es krim resep rendang resep pancake resep ayam goreng resep ikan bakar cara membuat risoles
Seção de Notas

2009 . Ano 6 . Edição 53 - 3/08/2009

C&T
Fora de foco da disputa tecnológica

Embora tenham aumentado os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, as atividades de P&D no Brasil sofrem com uma agenda defasada, "pouco estruturada e já fora de foco da disputa tecnológica". A conclusão está na nota técnica Avaliação das políticas de incentivo à P&D e inovação tecnológica no Brasil, de autoria de João Alberto De Negri e Mauro Borges Lemos. O trabalho é resultado de parceria do Ipea com o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar/UFMG). O documento destaca que os progressos na política brasileira de inovação tecnológica nas empresas ocorreram especialmente a partir de 2003, com incremento relevante dos recursos destinados ao sistema de C&T e a efetivação de novos instrumentos legais, como a Lei de Inovação e a Lei do Bem. No entanto, segundo a nota técnica, é preciso fazer muito mais. A avaliação dos fundos setoriais será especialmente importante para melhorar a atuação do Estado no fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação.


Sensor Econômico
Confiança do setor produtivo em alta

O Sensor Econômico referente a junho comprovou a crescente confiança do setor produtivo na economia brasileira. Embora o cenário ainda seja de apreensão, há possibilidades de atingir a zona de confi ança em alguns meses. O indicador do Ipea atingiu 9,82 pontos, em junho, o melhor resultado desde o início da série. A escala varia de -100 a +100. Entre -20 e +20, significa apreensão no setor produtivo. Dos quatro itens que formam o Sensor, o único a apresentar leve piora em relação a maio foi o aspecto social (-15,63, contra -14,38 no mês anterior). Os itens contas nacionais, parâmetros econômicos e desempenho das empresas tiveram progressos, com destaque para o primeiro, cujo índice saltou de 5,91 para 10,22.

Nos parâmetros econômicos, o avanço foi mais tímido, passando de 47,44 em maio para 50,19 em junho - mantendo-se na zona de confiança do Sensor. Já a avaliação do Desempenho das Empresas melhorou pelo quarto mês seguido. Em março era de -15,38, e em junho passou para -5,49. Entre os setores da economia, nota-se na consulta de junho uma certa convergência de opiniões sobre as perspectivas para o futuro do país.

O Sensor traz, ainda uma comparação entre as expectativas registradas nas regiões brasileiras. Enquanto no Sudeste observa-se maior esperança em todos os aspectos, a região Norte piorou suas avaliações em junho. No Sul é que se concentram as perspectivas mais pessimistas: na região, o cenário é visto como adverso para crescimento da massa salarial, pobreza e desigualdade, componentes do item Aspectos Sociais.


Conhecimento
Ipea realiza curso de macroeconomia

O Ipea realizou, no mês passado, o curso "Macroeconomia e Desenvolvimento Econômico", em Belém, e deve levá-lo agora ao Nordeste. Promovido e organizado pela Diretoria de Estudos Macroeconômicos do Ipea, em parceria com o Centro Celso Furtado, o evento teve o apoio do Banco da Amazônia, e como público-alvo funcionários do banco e alunos da graduação da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará, selecionados pela própria faculdade.

Agora, a Dimac já prepara a realização do curso em alguma cidade do Nordeste, ainda neste ano. Na capital paraense, o curso - sob a coordenação de Marcelo Fernandes, doutor em Economia pela Universidade Federal Fluminense (UFF/RJ) - teve duas disciplinas, Macroeconomia e Desenvolvimento Econômico, com seis horas/aula cada uma. A disciplina de Macroeconomia foi ministrada pela professora Jennifer Hermann, do Instituto de Economia da UFRJ. Já Desenvolvimento Econômico ficou a cargo do professor Carlos Pinkusfeld Bastos, da UFF.


Jornada
Carga horária semanal está menor

A carga média de trabalho semanal caiu 10,7% no Brasil, entre 1988 e 2007. Os brasileiros trabalham, em média, 39,4 horas por semana, e não mais as 44,1 de 1988, de acordo com estudo do Ipea divulgado no mês passado. As maiores cargas semanais de trabalho foram registradas no Sudeste e no Centro-Oeste (40,5 horas). A região Nordeste continua sendo a com menor jornada semanal (36,7 horas), enquanto o Norte tem média de 38,2 horas por semana.

O estudo mostra que a retração nas horas trabalhadas aconteceu principalmente nas regiões onde predomina a economia agrícola. Isso porque o setor agropecuário apresentou a maior diminuição no tempo de trabalho em todo o país. Entre 1988 e 2007, a queda foi de 26,3% no tempo médio de serviço. Esse cenário é resultado das mudanças pelas quais passou a zona rural brasileira, desde o final da década de 1980. Entre elas, o aumento da adoção de tecnologia no campo e de técnicas que reduzem o tempo para realizar as atividades. Leia mais na seção Indicadores (página 90).


Arrecadação
Queda ou aumento?

A arrecadação federal do primeiro semestre de 2009 apresentou uma queda real de 7% em relação ao mesmo período de 2008, usando-se o IPCA como deflator. Mas se comparada com o primeiro semestre de 2007, nota-se crescimento de arrecadação, de R$ 316, 2 bilhões para R$ 324,6 bilhões, ressalta o Conjuntura em Foco. O ano de 2008 não é uma base segura de comparação, porque o ano passado vinha registrando um bom desempenho econômico. Além disso, a crise exigiu reações anticíclicas do lado da política fiscal que implicaram desonerações tributárias em setores estratégicos e, portanto, queda programada de arrecadação, com o objetivo de reativar a economia.


Jornada 2
Redução chega ao campo

As políticas sociais também contribuíram para a redução da jornada de trabalho no campo. Um exemplo disso é a aposentadoria de mais de 6 milhões de trabalhadores rurais brasileiros, cobertos pelas políticas de transferência de renda do governo. Mas em outros setores a carga de trabalho aumentou. Nas atividades sociais, como educação e saúde, a jornada média semanal de trabalho cresceu 3,2%, alcançando 35,8 horas. A maior carga horária média foi registrada no setor de transporte (46,2 horas), seguido do setor de serviços industriais (44,7 horas). O estudo destaca ainda a diferença na retração de horas de trabalho entre os sexos. Para as mulheres, a jornada média semanal era de 35,1 horas em 2007, e a dos homens chegava a 42,6 horas. Em relação a 1988, a queda para o sexo feminino foi de 11,1%, enquanto para os homens esse recuo não passou de 10%.


EUA
Menos pior

O PIB dos Estados Unidos caiu 1% no segundo trimestre deste ano, segundo o Departamento de Comércio norteamericano. Embora negativo, é um sinal de melhora depois da queda de 6,4% do primeiro trimestre, precedida de quedas no ano passado. Para o presidente Barack Obama, o número de junho mostra que o país "freou a recessão".

O país começou a reagir às medidas do governo, que injetou recursos na economia, por meio de medidas anticíclicas. Mas o emprego, segundo o próprio governo, deve levar mais tempo para apresentar sinais de recuperação. A taxa de desemprego ficou em 9,5%, em junho, a maior em mais de 20 anos. Em 15 estados, ela já supera os 10%. O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, estima que seria preciso o PIB crescer 2,5% para estabilizar a taxa de desemprego.


Emprego
Recuperação continua

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,1%, em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a terceira queda mensal desde março, quando registrou o pico de 9%. A taxa mostra estabilidade em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando ficou em 7,9%. De acordo com a pesquisa, de maio para junho houve aumento de 4,1% no emprego de militares e funcionários públicos. A expectativa do Ministério do Trabalho e Emprego é que a taxa de desemprego continue em queda e feche 2009 entre 7% e 7,5%. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que foram criados 119,4 mil novos empregos com carteira assinada no mês de junho, acumulando 299,5 mil novos empregos no primeiro semestre deste ano. Embora junho tenha sido o quinto mês consecutivo de expansão do emprego, houve um recuo em relação a maio, quando foram criados 131,5 mil postos de trabalho. O crescimentos dos últimos meses ainda não foi suficiente para compensar a perda de 797,5 mil empregos entre novembro de 2008 e janeiro deste ano..


Municípios
Prefeitos pedem mais dinheiro

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) está pedindo ao governo a suplementação orçamentária para apoio aos municípios, que perderam recursos em função da crise econômica. De acordo com a entidade, da verba de R$ 1 bilhão, liberada no início do ano, restam apenas R$ 37 milhões, insuficientes para cobrir a perda de R$ 381 milhões do Fundo de Participação dos Municípios. Os repasses do fundo estão caindo por causa da desaceleração da economia e também de medidas de desoneração tributária adotadas pelo governo.


Contas públicas
Déficit de R$ 643 milhões em junho

O Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) apresentou, em junho, déficit de R$ 643,8 milhões (0,97% do PIB), resultado de receitas de R$ 42,1 bilhões e despesas de R$ 42,7 bilhões. É o segundo déficit consecutivo e o terceiro do ano. Em maio, as despesas superaram as receitas em R$ 302,9 milhões e em fevereiro o déficit foi de R$ 926,2 milhões. No ano, o resultado primário é superavitário em R$ 18,6 bilhões, ante R$ 61,4 bilhões no primeiro semestre de 2008.

Para o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, é natural a ocorrência de resultados negativos ou neutros ao longo do ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirma que não há risco de o Brasil descumprir a meta de superávit fiscal de 2,5% do PIB para 2009, pois o governo colocou em prática políticas anticíclicas fiscais e monetárias eficientes, incluindo aumento de gastos com programas sociais e desonerações tributárias, levando o país a retomar o crescimento. O compromisso do governo, segundo ele, é cumprir a meta fiscal de 2,5% em 2009 e 3,3% em 2010, mesmo que precise cortar gastos.


Indústria
A recuperação da confiança

Pela primeira vez em 2009, o empresário da indústria brasileira está confiante, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), pesquisa trimestral realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Icei teve uma recuperação de 8,8 pontos nesta edição na comparação com a pesquisa anterior, de abril, tendo subido de 49,4 pontos para 58,2 pontos. No mesmo mês de 2008, o indicador fora de 58,1 pontos. Pela metodologia da pesquisa, valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança e valores acima denotam confiança.

Para a CNI, o indicador de julho confirma "a reversão das expectativas negativas e anuncia a recuperação da atividade industrial". A expectativa é que a confiança resulte na retomada dos investimentos e aumento da produção. O indicador cresceu em julho entre os empresários dos três portes de empresas. Nas grandes empresas, o índice passou de 51,8 pontos, em abril, para 59,4 pontos, em julho. No mesmo período do ano passado, o número era de 59,9 pontos. Entre as médias, cresceu de 48,8 pontos para 58,5. Entre as pequenas, subiu de 46,8 pontos para 56,2.


Amazônia
Desmatando menos

Relatório da organização não governamental Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revela que o desmatamento na Amazônia caiu 75% em junho, comparado com o mesmo mês de 2008. A floresta perdeu pelo menos 150 quilômetros quadrados de cobertura vegetal. Em junho de 2008, os satélites haviam registrado 612 km2 de desmate. O levantamento do Imazon é feito pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), com base em imagens dos satélites CBERS e Landsat, também utilizadas para a estimativa oficial, feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Nos cálculos do Inpe, a redução da área desmatada em junho foi de 33%. Foram destruídos 578 quilômetros quadrados, a menor destruição desde 2004, quando o monitoramento mensal começou a ser realizado. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, acredita que o desmatamento entre 2008 e 2009 será o menor desde que o Brasil começou a medir a devastação da Amazônia.

Os números consolidados, no entanto, mostram que até o ano passado o desmatamento estava aumentando. Entre agosto de 2007 e julho de 2008, foram 12,9 mil quilômetros quadrados de floresta destruída, 12% acima do registrado entre 2006e 2007.


Bolsa Família
Reajuste com ganho real

Governo federal reajustou, no mês passado, o valor dos benefícios do Programa Bolsa Família em 9,67%. O objetivo é manter o poder de compra da população atendida e reforçar a distribuição de renda entre as famílias brasileiras. Os novos valores incorporam 6% de variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), entre julho de 2008 e junho de 2009, mais 4% de ganho real, destinados a consolidar a estratégia de redução das desigualdades individuais e regionais. Com a correção, que será paga a partir de setembro, o benefício médio passa de R$ 86,00 para R$ 95,00. "O reajuste protege o poder de compra das pessoas mais pobres, mantendo aquecido o mercado interno, o que ajuda diretamente as pequenas economias, barrando o ciclo da crise", afirmou o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias.

Além do reajuste do benefício, o governo alterou os valores referentes ao critério de renda para ingresso no programa. A renda per capita que caracteriza família em situação de pobreza passará de R$ 137,00 para R$ 140,00 e em extrema pobreza de R$ 69,00 para R$ 70,00. A partir de setembro, o benefício básico, pago às famílias com renda familiar de até R$ 70 por pessoa, subirá de R$ 62,00 para R$ 68,00. Já o benefício variável (pago de acordo com o número de crianças) passará de R$ 20,00 para R$ 22,00, e o recurso vinculado aos adolescentes, de R$ 30 para R$ 33,00. O programa atende 11,4 milhões de famílias.


Pré-sal
Para onde vai o dinheiro?

O governo estuda a aplicação de receitas geradas com a exploração da camada de pré-sal na constituição de um fundo social destinado às áreas de educação, saúde e urbanização. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, essas receitas deverão também custear a formação do Fundo Soberano, que teria os recursos depositados no exterior, para evitar "solavancos na economia". As minutas de três projetos de lei, que tratam do novo marco regulatório do setor de petróleo, da criação da nova empresa para explorar o présal e do fundo social, já estão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer ouvir empresários e trabalhadores antes de tomar uma decisão. O sistema de distribuição de royalties, decorrentes da exploração de petróleo, continuará o mesmo nos estados onde há o sistema de concessão. Apenas no caso do pré-sal, deverá ser adotado o sistema de partilha, que beneficiará todos os estados "de forma equitativa".

 
Copyright © 2007 - DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação sem autorização.
Revista Desafios do Desenvolvimento - SBS, Quadra 01, Edifício BNDES, sala 1515 - Brasília - DF - Fone: (61) 2026-5334