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Kailash Satyarthi - O ativista indiano que já libertou mais de 60 mil crianças do trabalho infantil

2006. Ano 3 . Edição 26 - 1/9/2006

Por Lia Vasconcelos, de Brasília

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Indicado para receber o Prêmio Nobel da Paz deste ano, o indiano Kailash Satyarthi é um exemplo de gente que faz diferença. Há 25 anos, abandonou a engenharia para combater o trabalho infantil. Nesse período, calcula-se que tenha resgatado mais de 60 mil pequenos trabalhadores, além de outros tantos adultos mantidos em regime de escravidão moderna. Comanda pessoalmente invasões a fábricas para libertar crianças e devolvê-las à infância. De passagem por Brasília, para participar de um seminário sobre educação, pobreza e desenvolvimento, promovida pela Missão Criança ele falou a Desafiosa respeito de sua luta e de seus projetos futuros.

Hoje cerca de 218 milhões de crianças trabalham em más condições. Dessas, cerca de 20 milhões são escravizadas

Desafios - Por que o senhor trocou a carreira de engenheiro pelo combate ao trabalho infantil?

Satyarthi - O interesse e a paixão pelo trabalho com crianças têm origem na minha infância. Meus pais queriam que eu fosse engenheiro, o que é comum em famílias de classe média de cidades pequenas da Índia. Quando fui à escola pela primeira vez, aos 5 anos, vi um menino sentado nos degraus do lado de fora, trabalhando como engraxate com seu pai. Fiquei chocado ao descobrir que meninos da minha idade não estudavam como eu e meus amigos. Perguntei ao professor por que essa criança estava lá fora. Ele me disse: "Existem muitas crianças como esse menino. São pessoas pobres, nada de novo". Mas não me conformei. Perguntei a outras pessoas, que também não me convenceram. A resposta era sempre a mesma. Um dia, criei coragem e fui falar com o pai do garoto. Perguntei:"Por que o senhor não leva seu filho à escola?"Ele ficou surpreso e, depois de alguns minutos, disse: "Ninguém nunca havia me perguntado isso, eu nunca pensei no assunto. Meu pai trabalhava desde a infância, isso aconteceu comigo e, agora, meu filho também trabalha. Nascemos para trabalhar". Descobrir que algumas pessoas nascem para trabalhar e outras, como eu, nascem para ir à escola, foi terrível e encarei o caso como um desafio. Foi quando comecei a coletar livros e dinheiro para os que eram obrigados a largar os estudos - o que segui fazendo por toda a vida. Ao terminar a graduação e a especialização em engenharia elétrica de alta voltagem, cheguei a trabalhar como engenheiro por um ano. Depois larguei. Naquele tempo, ninguém combatia a escravidão infantil em meu país. Nem as agências da Organização das Nações Unidas (ONU) atuavam nessa área. Começar foi muito difícil.

Desafios - O senhor é fundador-presidente da Marcha Global contra o Trabalho Infantil e também da Coalizão Sul-Asiática sobre Escravidão Infantil. Como surgiram essas organizações?

Satyarthi - A Coalizão Sul-Asiática sobre Escravidão Infantil teve origem numa organização não-governamental indiana com ação direta na libertação de crianças da escravidão e sua posterior educação e reabilitação. A Marcha Global contra o Trabalho Infantil foi fundada em 1998, depois de uma marcha que envolveu cerca de 2 mil organizações não-governamentais e muitos sindicatos. As pessoas partiram de locais como Manila, capital das Filipinas; São Paulo, no Brasil; e Cidade do Cabo, na África do Sul; se encontraram na Europa e seguiram até Genebra, na Suíça. Ali, os participantes decidiram adotar o mesmo nome, formar uma organização comum. Assim, a Marcha Global contra o Trabalho Infantil passou a ter presença em 140 países.

Desafios - Como essas organizações são f inanciadas?

Satyarthi - Elas são independentes. Captam seus próprios recursos. A coordenação da Marcha Global não repassa dinheiro, mas promove campanhas educacionais e outras atividades conjuntas.

Desafios - O senhor participa pessoalmente do resgate de crianças. Como sabe aonde ir?

Satyarthi - Vou citar um exemplo. Há uma semana, uma pessoa me contou que um menino havia sido levado à força a Nova Délhi, capital da Índia, distante de sua casa cerca de 900 quilômetros. Por aproximadamente quinze meses, trabalhou num pequeno restaurante de rua. Não podia sair, não recebia pagamento e foi avisado de que, se tentasse fugir, apanharia. Havia outras pessoas trabalhando ali, mas o menino não apenas trabalhava: morava lá. Era um escravo. Acordava muito cedo, para limpar o lugar, e ia dormir muito tarde. Reuni um grupo de amigos e representantes da mídia local, fomos ao restaurante e, depois de alguma discussão, saímos com o menino. Então, chamamos a polícia e explicamos a situação. O garoto ficou num abrigo para crianças até que seu pai chegasse a Nova Délhi para levá-lo de volta à sua casa. Isso ocorreu na semana passada.

Cruzada pela infância 

Todo de branco, com calça e túnica típicas da Índia, Kailash Satyarthi recebeu Desafios de pés descalços - um hábito cultural indicador de que pretendia ter uma conversa descontraída. Um desavisado jamais imaginaria o trabalho em que está envolvido esse homem de óculos e barba aparada. Aos 51 anos de idade, com jeito tranqüilo, ele não demonstra seu poder como ativista. Fala com serenidade de histórias dramáticas e das ameaças de morte que a família recebe - motivo de sua filha ter deixado a Índia para estudar nos Estados Unidos. O filho, advogado, trabalha com o pai.

 

A tarefa, que ocupa todos os seus dias, desde os 26 anos de idade, parece - só parece - óbvia: levar o mundo a compreender que criança deve brincar e estudar, e não trabalhar ou receber maus tratos. As táticas são muitas. De palestras para grandes públicos internacionais a conversas com líderes de pequenas vilas. De invasões a organizações que mantêm crianças prisioneiras à mobilização de marchas. Marchas integram a tradição indiana desde os tempos de Mahatma Gandhi, ícone da não-violência que marcou a história do planeta e, apesar de ter sido indicado sete vezes para o Nobel da Paz, entre 1937 e 1948, jamais foi laureado.

A cruzada de Satyarthi completa um quarto de século este ano. "Alguém tem de enfrentar os problemas, as resistências, para melhorar o mundo. Isso sempre ocorreu, com Gandhi ou Martin Luther King", costuma dizer. Muita coisa mudou nesses 25 anos. As empresas se modernizaram. Há selos que identificam produtos feitos sem mão-de-obra infantil. Consumidores estão mais conscientes da existência de escravidão infantil por toda a parte. Por sua atuação, e pelas vitórias que alcançou, o engenheiro-ativista é um dos 191 indicados ao Prêmio Nobel da Paz deste ano. O número de candidatos é recorde. Kailash Satyarthi vem sendo considerado um forte concorrente. O mundo conhecerá o escolhido pela academia sueca em outubro.

Desafios - Qual foi sua experiência mais dramática?

Satyarthi - Há dois anos, fomos abordados por mães do Nepal. Elas foram à Índia nos contar que traficantes haviam levado suas filhas para trabalhar num circo, onde estavam presas há anos. As meninas não podiam sair, pois o circo era como uma fortaleza, com muitas grades. Uma das mães soube que suas condições de vida eram péssimas e que sofriam abusos sexuais. A autoridade local, que procuramos, era uma pessoa horrível, envolvida com indústrias que usam trabalho infantil. No circo, fomos bem recebidos, e o diretor nos garantiu não haver nenhuma menina por ali. Então, invadimos o local com a polícia, a autoridade local e a mídia. Foi um horror. O diretor do circo apontou um revólver para meu rosto e ameaçou me matar. A polícia estava mancomunada com as autoridades e com o pessoal do circo. E os jornalistas estavam filmando tudo, com transmissão ao vivo. Houve muita briga. Pais e mães se machucaram. Eu tive de ser hospitalizado. Meu filho, que é advogado e foi conosco para nos dar amparo legal, também apanhou. Depois de tudo isso, achei que não teria sentido abandonarmos aquelas meninas, 24 no total, que estavam escondidas em algum lugar. Comecei, então, uma greve de fome. Foram seis dias de muita pressão nacional e internacional até que, finalmente, a corte local libertou as garotas. Essa foi uma das experiências mais dramáticas pelas quais passei.

Desafios - Quantas crianças o senhor já libertou?

Satyarthi - Em ações diretas, foram quase 70 mil, até agora. Muitas outras foram resgatadas indiretamente. Acontece, por exemplo, de irmos a uma fábrica e libertamos dez crianças, o que sempre tem repercussão na mídia e entre as autoridades locais. Então, a fábrica vizinha decide soltar as crianças que mantém em suas instalações e mandálas de volta para casa. Assim, o número é muito maior.

Desafios - Como vivem as crianças que são obrigadas a trabalhar?

Satyarthi - As crianças não têm voz; não têm infância, liberdade ou sonhos. Não vão à escola. Vivem cativas. As meninas daquele circo de que falei eram obrigadas a levantar muito cedo para fazer exercícios de preparação para três ou quatro apresentações diárias. Eram submetidas a duas horas de preparação e doze horas de espetáculos. Se o show ia bem, os empregadores ofereciam as meninas para dormir com as autoridades e a polícia do local. Caso contrário, como castigo, elas eram estupradas. Era um beco sem saída. Uma vergonha. O mesmo acontece com crianças na indústria de tapetes, de tijolos, no mundo inteiro. É errado dizer que não existe mais escravidão.

"As crianças cativas não têm voz; não têm infância, liberdade ou sonhos. Não vão à escola. Uma vergonha. Isso acontece no mundo inteiro. É errado dizer que não existe mais escravidão"

Desafios - As crianças são seqüestradas ou os empregadores negociam com as famílias?

Satyarthi - As duas coisas ocorrem. Algumas vezes há seqüestro. Outras vezes, os empregadores fazem falsas promessas aos pais. De toda maneira, as crianças se tornam escravas, sem ter como voltar para casa.

Desafios - Quais são os traumas psicológicos mais graves da exploração nas crianças?

Satyarthi - Eu diria que o pior é que elas não conseguem mais confiar nas pessoas. Crianças exploradas perdem a fé nos adultos. Como sempre foram traídas e abusadas, uma vez libertas têm dificuldade em admitir que alguém queira ajudá-las. Muitas nem sequer percebem que são crianças. 

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Desafios - Como evitar que essas crianças sejam novamente escravizadas?

Satyarthi - Primeiro, levamos as crianças de volta às suas casas, para ver pais, irmãos e irmãs, e ter a sensação de liberdade e infância. Então, incentivamos as famílias a irem a um de nossos centros, onde as crianças são educadas e reabilitadas. Verificamos a matrícula em escolas, para que os pequenos e suas famílias recebam benefícios do governo. Há programas governamentais para a reabilitação, mas eles não funcionam automaticamente. Temos de fazer pressão para que o dinheiro chegue. Também oferecemos tratamento psicológico e cursos profissionalizantes para os maiores de 14 anos. Além disso, mantemos contato com as pessoas da vila, os líderes comunitários, e pedimos que jurem que não tolerarão mais o trabalho infantil.

 

Desafios - O senhor acha que é possível devolver a essas crianças a infância perdida?

Satyarthi - Certamente. Essa é a missão da minha vida. Se não conseguíssemos trazer esse sentimento de volta, por que estaríamos trabalhando? Não é um exercício mecânico ou econômico, é um exercício humanitário. Dignidade e amor fazem toda a diferença. As crianças libertas estão traumatizadas, é claro, estão chocadas, sentem-se inferiores. Muitas nunca sentaram numa cadeira. Se eu estou numa cadeira e chamo uma criança para sentar, ela fica desconcertada. No sistema de castas da Índia há os intocáveis. As crianças, então, não pegam água da jarra, mas nós pedimos que elas façam isso, que comam conosco. Nos nossos centros, a hierarquia funciona de cabeça para baixo. Quando estou lá, levanto de manhã com a tarefa de limpar os banheiros, assim como os professores e as pessoas que trabalham conosco devem, por exemplo, varrer o espaço em que as crianças moram. Os recém-chegados cochicham entre si: "O que está acontecendo?"E isso nos deixa felizes. Representa o início de seu fortalecimento. Meu propósito é não apenas devolver a essas crianças a infância e a dignidade, mas também fazer com que sejam suas próprias libertadoras. Muita gente que passou por nossos centros se tornou líder na luta contra o trabalho infantil.

Desafios - A origem do trabalho escravo infantil é a pobreza?

Satyarthi - Existe uma relação triangular de causa e conseqüência. Numa ponta está a pobreza; na outra, o analfabetismo; e, na terceira, o trabalho infantil. A pobreza, sem dúvida, está na origem do trabalho infantil. Mas o trabalho infantil também gera pobreza, pois as crianças que trabalham continuam pobres, e seus filhos vão trabalhar e permanecer pobres. Em muitos países há um paralelo entre trabalho infantil e desemprego adulto. Criança é mão-de-obra barata, física e mentalmente vulnerável, e ainda pode morar no local do trabalho. Então, são recrutadas, e seus pais ficam sem trabalho. Os lucros ficam com os empregadores, o que aprofunda e espalha a pobreza. Há, portanto, um círculo vicioso: trabalho infantil, desemprego e pobreza se alimentam. O mesmo ocorre com a educação. Muitas pessoas acham que a pobreza é responsável pelo analfabetismo, mas, hoje em dia, conhecimento significa poder, que pode ser traduzido em dinheiro. De novo, não é a pobreza que causa o analfabetismo. Um fenômeno acentua e dá continuidade ao outro.

"O problema de educação das crianças poderia ser resolvido com 1% do gasto mundial com armas. Planejamos uma marcha em favor da paz para 2008. Será a maior mobilização da história"

Desafios - O senhor tem idéia de quantas crianças são forçadas a trabalhar no mundo?

Satyarthi - É difícil estimar esse número, mas eu diria que aproximadamente 218 milhões trabalham em más condições. Dessas, cerca de 20 milhões são escravizadas.

Desafios - Quais são os setores da economia que mais empregam crianças?

Satyarthi - Cerca de 70% das 218 milhões de crianças que trabalham estão na agricultura. As demais estão principalmente em pequenos restaurantes e lojas e no trabalho doméstico.

Desafios - Quais são as regiões no mundo onde há mais crianças trabalhando?

Satyarthi - A Ásia é a região onde a escravidão infantil é mais comum. África e América Latina vêm em seguida. Mas também existem crianças traficadas e presas nos Estados Unidos. Ali, muitas crianças de origem hispânica vivem nessas condições.

Desafios - O senhor já foi a outros países com o propósito de libertar as crianças?

Satyarthi - Do ponto de vista legal, é difícil libertar crianças em outros países. Eu já estive cinco vezes no Brasil, desde 1997. Em minha primeira visita, vi crianças trabalhando em indústrias de sisal e de tijolos, e em casas de família. Falei com elas, mas legalmente não podia fazer nada. A alternativa é agir com parceiros locais.

Desafios - Como o senhor avalia as políticas brasileiras de combate ao trabalho infantil?

Satyarthi - O Brasil está entre os países com histórias de sucesso nessa área. Muito trabalho bom já foi feito. Há o programa Bolsa-Escola, que eu acompanho desde a origem. Minha única preocupação é que o programa não pode se limitar à exigência de matrícula das crianças em escolas. Deve haver educação de boa qualidade, pois as crianças terão de competir no mercado de trabalho e, se a educação primária nas escolas públicas não é de qualidade, os estudantes não conseguem vagas em universidades públicas. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil é muito interessante, mas soube que seu orçamento foi cortado, o que não é bom. É muito importante ter um programa específico para a erradicação do trabalho infantil. Acho que o governo brasileiro deveria priorizar políticas nas áreas de educação e trabalho infantil, estabelecer um programa único, e não um programa como o Bolsa-Família, com vários objetivos.

Desafios - Qual é o seu sonho?

Satyarthi - Minha missão e meu sonho é ver o fim do trabalho infantil enquanto estiver vivo. Lembro-me de que quando comecei, há 25 anos, foi muito difícil convencer minha família, meus amigos e os políticos de meu país. Desafiei as agências da ONU, que não tinham nenhuma ação de combate ao trabalho infantil até a década de 1990. Em muitos países, havia simplesmente resistência em admitir a existência do problema. Eu sou otimista porque fui testemunha de muitas mudanças nesses anos. Hoje a consciência existe. Muitos países já assinaram acordos, tratados e leis internacionais. Foi estabelecida a meta de erradicar o trabalho infantil e assegurar educação para todos até 2015. O mundo está no caminho certo. Quando comecei a primeira campanha de sensibilização de consumidores, temia-se pela sobrevivência da indústria de tapetes na Índia. Hoje, existe um selo social que garante que um tapete não foi produzido por crianças. Tenho certeza de que o trabalho infantil irá desaparecer em breve.

Desafios - E quais são seus planos futuros?

Satyarthi - Estou começando a pensar na dimensão de paz e segurança. Depois dos atentados de 11 de setembro, nos Estados Unidos, houve, de um lado, a ascensão do terrorismo e, de outro, a justificativa para as guerras. As crianças são vítimas de ambos. Há uma relação direta entre guerra e exploração infantil. Em países violentos, ou no pós-guerra, vemos mais trabalho infantil, tráfico, abandono escolar, prostituição. Estamos levantando essa questão: o problema de educação de todas as crianças do planeta poderia ser resolvido com apenas 1% do gasto mundial com artefatos militares. O mundo gasta cerca de 1 trilhão de dólares por ano com o que é chamado de defesa. Na verdade estão sendo fabricados revólveres e bombas com o objetivo de matar. É uma ofensa à humanidade. Com cerca de 11 bilhões de dólares todas as crianças poderiam receber educação. Planejo organizar um movimento infantil em prol da paz, um direito fundamental que não deve existir somente no discurso, nas religiões. Já começamos a conversar com crianças em todo o mundo e a reação tem sido ótima. Todas ficam empolgadas com a idéia. O objetivo é promover uma marcha em 2008, muito maior do que a de 1998. Tenho certeza de que será a maior mobilização da história. As crianças serão as líderes, mas a juventude, os professores, todas as pessoas poderão dar seu apoio. Pensamos em três ou quatro marchas simultâneas em direção a um país. Na última marcha que realizamos, 7, 2 milhões de pessoas assinaram ou colocaram impressão digital num papel. Quando chegamos a Genebra, havia sete caminhões cheios de documentos, com assinaturas e impressões digitais. Foi maravilhoso. Para a próxima marcha, esperamos ainda mais, porque paz e segurança são assuntos que falam ao coração de todos.

 
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