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Luiz Hildebrando - De Paris para Rondônia

2006. Ano 3 . Edição 21 - 4/4/2006

De Paris para Rondônia

Por Andréa Wolffenbüttel, de São Paulo

entrevista

O cientista paulista Luiz Hildebrando Pereira da Silva é um dos mais respeitados estudiosos de doenças tropicais. Passou a maior parte de sua carreira trabalhando na França, no Instituto Pasteur, e ao voltar para o Brasil, há dez anos, decidiu se estabelecer em Porto Velho, em Rondônia, onde desenvolve diversas pesquisas, especialmente sobre malária. Nesta entrevista, concedida por telefone, o professor conta como vê a situação brasileira em termos de desenvolvimento científico e o que é preciso fazer para melhorar as condições de saúde pública.

Desafios - Por que, depois de trabalhar por mais de 30 anos na França, o senhor decidiu se instalar em Porto Velho?
Hildebrando
- Essencialmente porque, desde que voltei para o Brasil, me interessei pelo estudo da malária. É muito difícil pesquisar a malária humana no Rio de Janeiro, em São Paulo ou mesmo em Brasília. A experiência adquirida no Instituto Pasteur, não só em Paris, mas em localidades da África onde a malária é endêmica, tais como Senegal, Gabão e Madagascar, me levou a buscar novamente algum lugar onde exista a incidência da doença. Quando me transferi de volta para o Brasil, o local da Amazônia com maior ocorrência de malária era Rondônia, e de certo modo havia facilidades de instalação após a criação de um hospital especializado em doenças tropicais, que oferecia espaço para o trabalho. Essas foram as razões que me trouxeram para cá.

Desafios - Além da presença da doença, o senhor conta com boas condições de trabalho?
Hildebrando -
Ao chegar, encontrei uma situação muito precária, mas contei, desde o começo, com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MinCT) e também do Ministério da Saúde. Todas as instituições de fomento à pesquisa, tanto na área científica quanto na área médica e social, são conscientes das deficiências que existem na região amazônica para a investigação das endemias, e sabem da necessidade de reforçar essa estrutura. Se no início eu não tinha boas instalações para a pesquisa, fomos progressivamente obtendo os equipamentos necessários. Hoje posso dizer que dispomos de estruturas de apoio e equipamento básico que são equivalentes aos bons laboratórios encontrados nos grandes centros.

Desafios - Como está o quadro de incidência da malária no Brasil?
Hildebrando
- Está se agravando. Nós tivemos, em 1999, um aumento de incidência que assustou o Ministério da Saúde, porque foram registrados 600 mil casos, quando o número vinha se mantendo entre 400 mil e 500 mil. Isso provocou uma mobilização global do ministério, que promoveu uma grande campanha nos anos 2000, 2001 e 2002. O resultado foi que a incidência caiu para menos de 350 mil casos. Mas de 2002 para cá ela voltou a crescer. Não digo que houve abandono, mas certo relaxamento das medidas de controle. E há também um processo de desgaste das estruturas de campo. Antes o governo federal era responsável por esse controle, mas assim que ele foi passado para os municípios ocorreu um enfraquecimento. Então nós tivemos novos avanços da incidência em 2004 e 2005. No ano passado, foram quase 600 mil casos de novo.

 

Desafios - Como o senhor avalia a administração da saúde pública no Brasil do ponto de vista de endemias e epidemias?
Hildebrando -
Bom, primeiro vamos lembrar que não se pode culpar a administração pública pelas emergências, porque podem acontecer em qualquer lugar. Um exemplo é a epidemia do vírus West Nile, que atingiu, há dois anos, Nova York e Boston. Atualmente, estamos sob a ameaça da gripe aviária - e há pouco o que se possa fazer. São processos naturais e inevitáveis. Mas, fora esses casos, os investimentos na medicina pública preventiva não têm sido suficientes, não há como negar.

E não só na área específica da medicina, porque é necessário controlar os fatores que criam ambientes propícios à disseminação da doença, como as migrações, as urbanizações excessivas, as concentrações sem saneamento, as grandes favelas nas periferias das cidades, onde problemas como tuberculose e mesmo lepra se desenvolvem. Por outro lado, o país tem feito avanços importantes, por exemplo, em prerelação ao HIV e à hepatite. Mesmo no caso da dengue, durante os últimos dois anos houve grande melhora nas áreas mais desenvolvidas. O problema é que ela explodiu em regiões como Rondônia e outras localidades no Nordeste. Infelizmente, as necessidades do país são maiores do que sua capacidade de resposta.

"Precisamos dar maior importância à medicina preventiva do que à curativa. Isso cria uma competição entre as áreas urbanas, que exigem melhorias no sistema médico-hospitalar, e as populações suburbanas e rurais"

 

Por amor à ciência

Ao contrário do que se possa imaginar, não foram exatamente os caminhos da ciência que levaram Luiz Hildebrando Pereira da Silva para a França. Membro do Partido Comunista Brasileiro, ele foi um dos inúmeros alvos do Ato Institucional nº 1, decretado pelo presidente Castello Branco em 1964, que levou diversos intelectuais brasileiros para o exílio. Aos 34 anos de idade, o professor teve de deixar o laboratório de genética de microorganismos da Universidade de São Paulo (USP), onde era livre-docente, e voltar a Paris, para o Instituto Pasteur, no qual já havia realizado pesquisas anteriormente. Em 1968, retornou ao Brasil, a pedido do diretor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

Organizou o laboratório de genética microbiana, mas com o Ato Institucional nº 5, aprovado pelo presidente Costa e Silva, foi novamente demitido. Com a segunda extradição o Brasil perdeu, por 30 anos, a presença e a inteligência do professor, que se ligou definitivamente ao Instituto Pasteur. Na renomada instituição francesa, Hildebrando criou e dirigiu a Unidade de Parasitologia Experimental. Posteriormente, organizou unidades descentralizadas do instituto em Caiena, na Guiana Francesa, e em Dacar, no Senegal. Ao se aposentar, em 1996, voltou ao Brasil e retomou suas atividades na USP, porém por pouco tempo.

Apaixonado pelo estudo de doenças tropicais, decidiu enfrentar o desafio de implantar e desenvolver um centro de pesquisas na região amazônica. Munido apenas de seu conhecimento e da vontade de colaborar com a ciência no Brasil (sua família permanece em Paris), ele desembarcou em 1997 em Porto Velho, capital de Rondônia, onde já consolidou duas novas entidades e de onde propõe um programa estratégico para a erradicação da malária no vale do rio Madeira.

Desafios - O senhor menciona alguns problemas que estão fora da alçada do Ministério da Saúde, como saneamento e controle de migrações, mas em termos de ações específicas na área da saúde o que é necessário fazer?
Hildebrando -
É evidente que precisamos dar maior importância à medicina preventiva do que à medicina curativa. Isso cria um problema de competição entre as áreas urbanas organizadas, que reivindicam melhorias cada vez maiores no atendimento médicohospitalar, e as populações suburbanas e rurais, que não dispõem de estrutura para problemas básicos. Temos de ter uma visão um pouco mais "república federativa", para alocar recursos para o atendimento das populações rurais e da periferia dos grandes centros, por meio da implantação de uma estrutura preventiva. Temos de reequilibrar um pouco os investimentos em saúde para desenvolver uma medicina preventiva, não só para as doenças transmissíveis, mas para as doenças em geral. Isso também traria um pouco mais de estabilidade às populações, colaborando para evitar os movimentos migratórios que perturbam toda a atividade preventiva.

Desafios - O Brasil está sob a ameaça da chegada da gripe aviária. Como podemos nos preparar para evitar uma tragédia?
Hildebrando -
O vírus da gripe aviária se transmite com toda a facilidade de ave para ave. A transmissão da gripe da ave para o homem é rara, mas já houve casos, na China, no Vietnã e, mais recentemente, na Turquia e na Nigéria. Isso normalmente ocorre em criações de galinhas feitas de forma primitiva, com as aves soltas ao redor das residências, o que facilita o contato com aves migratórias portadoras do vírus. Estas contaminam as aves domésticas, e as pessoas que estão em contato com elas correm o risco de contrair a doença. O grande receio é que um vírus que tenha contaminado uma pessoa sofra alguma mutação de tal maneira que passe a se transmitir de homem para homem.

Aí não será mais a gripe aviária original, será uma gripe de origem aviária que se adaptou ao homem. Aparentemente, seria o mesmo fenômeno que ocorreu em 1918, com a gripe espanhola, também supostamente de origem aviária. Nas regiões de São Paulo e Paraná, onde as criações são industriais, a probabilidade de contato com aves migratórias é mínima. Portanto, a entrada de vírus não vai acontecer por ai, mas nas criações de fundo de quintal e nas periferias. Pode chegar por meio das aves migratórias, que vêm dos países do norte e da África e têm pousos em áreas do Norte e Nordeste brasileiros. Isso é esperado.

 

Desafios - Existe algo que possa ser feito para minimizar os efeitos da chegada da gripe aviária?
Hildebrando -
Bem, todo mundo está procurando uma vacina contra o vírus aviário, tanto para as aves quanto para as pessoas que trabalham em contato com elas. Isso já está sendo feito, inclusive pelo Instituto Butantã, que está começando a produzir uma linhagem de vacinas contra o vírus aviário. Porém todos temem a mutação que eu mencionei. Como ela ainda não aconteceu, é impossível criar uma vacina para um vírus que não existe. É uma corrida contra o relógio. Se e quando a mutação ocorrer saberemos se será possível fazer uma vacina adequada. Essa é a perspectiva preocupante que estamos enfrentando no momento.

Desafios - O senhor acredita que o Brasil possui uma estrutura de pesquisa científica capaz de enfrentar esses desafios?
Hildebrando -
Nas últimas décadas, houve um grande progresso graças ao esforço importante de instituições como o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O número de doutores que estamos formando por meio do programa de pós-graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é significativo. Os bons laboratórios brasileiros na minha área, ou seja, em ciências biomédicas, equiparam-se aos bons laboratórios europeus.

Não sei nas outras áreas, em física, em nanotecnologia, mas na minha área somos competitivos internacionalmente. De quais elementos nos ressentimos? Especialmente da falta de continuidade dos processos. Um exemplo: estamos no final de março, quase no quarto mês do ano, e só agora o Orçamento foi votado e aprovado no Congresso. Então não houve transferência de recursos para as instituições de pesquisa. Pessoalmente, dependemos de um convênio com o Ministério da Saúde para receber verba. Isso quer dizer que após a aprovação do Orçamento, levaremos mais um mês para renovar o convênio, e os recursos só serão transferidos em junho.

São seis meses de atraso. Como é que se pode imaginar que uma instituição de pesquisa fique meio ano esperando por recursos que já estão consignados em Orçamento? Isso provoca uma ruptura imediata do fluxo de produção. Somado às dificuldades normais de um país como o Brasil, que precisa importar insumos e equipamentos e participar de congressos internacionais, o atraso gera uma parada no processo de desenvolvimento. Se nós não conseguirmos garantir a continuidade dos recursos por vários anos seguidos, será muito difícil fazer planos de longo prazo.

Desafios - O senhor acha que esse problema poderia ser minimizado por meio de parcerias com a iniciativa privada?
Hildebrando -
A iniciativa privada evidentemente pode ajudar, mas os recursos para manter a pesquisa básica, em qualquer país europeu ou americano, vêm sempre do Estado. Mesmo nos Estados Unidos, onde há a maior indústria privada, ninguém pensa em fazer pesquisa na área biológica ou biomédica sem o apoio das instituições federais. Lá eles contam com grandes entidades privadas de apoio à pesquisa, que concedem bolsas e recursos. Mesmo assim, se a aprovação do Orçamento atrasasse seis meses, os trabalhos de pesquisa simplesmente parariam.

Desafios - E como tem evoluído seu trabalho?
Hildebrando
- Bem, temos três correntes de pesquisa em malária, uma mais científica, uma mais epidemiológica e outra biotecnológica. Na área epidemiológica, que costuma preocupar muito a população, estudamos o problema das malárias assintomáticas, que são os casos de pessoas que foram infectadas diversas vezes e terminaram por desenvolver uma espécie de imunidade natural.

Como são protegidas naturalmente, as vítimas não apresentam os sintomas e não procuram tratamento, mas continuam sendo vetores, ou seja, transmitem a doença e ajudam a disseminá-la. Nas regiões ribeirinhas da Amazônia isso ocorre com freqüência bastante elevada. Estamos convencidos de que esses portadores assintomáticos são muito importantes para a manutenção da endemia. Nessa linha, estamos desenvolvendo experiênciaspiloto tratando os portadores sãos.

entrevista1

Desafios - Se mesmo as pessoas aparentemente sãs podem estar contaminadas, seria necessário fazer exame de sangue em toda a população para saber quem deve ser tratado?
Hildebrando - Na prática, sim. Teríamos de cuidar também das pessoas que não apresentam sintoma algum. Antigamente, isso era difícil, porque era necessário fazer um exame de sangue microscópico e, mesmo assim, não havia garantia de que ele revelaria a infecção. Atualmente, com as metodologias moleculares, é possível fazer o exame em grande escala apenas com algumas gotas de sangue de cada examinado. Isso nos permite dividir as regiões com maior ocorrência em grupos de 1. 000 ou 2 mil pessoas para promover a análise ativa dos indivíduos em busca de infecções, tanto sintomáticas como assintomáticas. Depois tratamos todos os infectados para verificar se a transmissão é interrompida. Se a experiência der certo, poderemos propor, no futuro, um tratamento quimioprofilático. Independente do exame de sangue, seria possível promover, em certas populações com alta incidência da doença, um tratamento generalizado. Todo mundo tomaria remédio.

Desafios - O tratamento da malária é muito complexo ou doloroso?
Hildebrando
- Também temos progressos nessa área. A malária Vivax temum tratamento relativamente fácil e barato, com a droga cloroquina, que não provoca efeitos colaterais tóxicos. É fácil de administrar e não há resistência dos pacientes. Infelizmente, esse tipo de malária apresenta recaídas. Ela volta depois de curada a infecção sanguínea, e é preciso estar muito atento para tratar a recaída, ou as pessoas voltam a transmitir a doença. Por isso é necessária a presença constante de agentes no terreno. Já o tratamento da malária Falciparum tinha inconvenientes muito grandes. Ela desenvolveu resistência à cloroquina.

As drogas utilizadas eram baseadas em quinina e certos antibióticos que provocavam efeitos colaterais tóxicos desagradáveis. Isso levava os pacientes a interromper os tratamentos. Eles não se curavam por completo e continuavam a transmitir. Atualmente, foram descobertas novas formas de tratamento menos tóxicas. Vamos experimentar essas alternativas. Também estamos trabalhando na pesquisa de novas drogas a partir da biodiversidade amazônica, em colaboração com dez laboratórios nacionais. Há muitos tratamentos a serem descobertos.

Desafios - A malária faz parte do grupo das doenças negligenciadas, que atingem as populações mais pobres do planeta e nas quais os grandes laboratórios não se dispõem a investir para a busca de novos medicamentos. Como o senhor vê o interesse da indústria farmacêutica em relação à malária?
Hildebrando -
O Brasil tem se desenvolvido bem na área da bioquímica de produtos naturais, o que nos permite certa autonomia nesse tipo de pesquisa. É muito ilusório pensar que as gigantes internacionais vão investir grandes recursos em remédios contra a malária porque os consumidores são, em geral, países com poucos recursos. Mas o Brasil tem condições de desenvolver pesquisas com alto nível de tecnologia. É exatamente o que estamos fazendo. E agora estamos adquirindo equipamentos muito modernos para análise de produtos vegetais.

Não adianta analisar só extrato de folhas e de fungo. É necessário que tenhamos capacidade para analisar bioquimicamente os produtos contidos nos extratos ativos. É uma atividade nova que estamos começando, junto ao setor de biotecnologia do MinCT. Acredito que nos próximos anos teremos bons resultados e descobriremos novos produtos ativos contra a doença. Até porque o que existe hoje em dia foi descoberto de produtos naturais, na China e no Peru. Tudo partiu de produtos naturais, então a volta à natureza, aliada aos recursos tecnológicos dos quais dispomos hoje em dia, nos levará, certamente, a progressos importantes.

"Estamos em abril, quarto mês do ano, e ainda não há Orçamento votado e aprovado no Congresso. Isso provoca uma ruptura imediata do fluxo de produção. Somado às dificuldades normais de um país como o Brasil, o atraso gera uma parada no processo de desenvolvimento"

Desafios - Na última eleição, o senhor se candidatou à presidência da Academia Brasileira de Ciências. O que o levou a pleitear o cargo?
Hildebrando
- Dois elementos principais me motivaram. De um lado, a minha localização no hemisfério norte do país, o que me permite perceber o grande abandono e isolamento da área da Amazônia. Isso contrasta com as enormes necessidades de pesquisa que existem aqui para que a região possa atingir o desenvolvimento sustentável. Atualmente, a Amazônia é totalmente dependente de investimentos e intervenções vindos de fora.

Existem tentativas de estabelecer um desenvolvimento sustentável e eu acho que, nesse sentido, o reforço da atividade de pesquisa seria fundamental. Por isso achei que seria interessante, que chamaria a atenção, o fato de o presidente da Academia Brasileira de Ciências ser um cientista do norte, do mato, da Amazônia. A segunda motivação foi constatar que as articulações entre os cientistas e as comunidades científicas que existem no Brasil são muito fracas para tratar de problemas de interesse nacional, de grandes programas para todo o país.

Existem pessoas muito competentes em todas as áreas, grandes autoridades, mas há muito pouco esforço coletivo de reflexão, do tipo que existe na Europa, nos Estados Unidos, no Canadá, onde há discussões coletivas e proposições de rumos para o desenvolvimento e para a aplicação dos investimentos. Não se pode querer fazer tudo, é preciso definir prioridades, e isso não pode ser fruto de decisões pessoais. Tem de nascer de discussões e interações entre as comunidades científicas. Eu acredito que a minha iniciativa valeu a pena porque esse problema foi percebido também pelo candidato eleito, o professor Eduardo Krieger.

Desafios - O senhor está satisfeito com sua opção de se mudar para Rondônia?
Hildebrando -
Eu não tenho feito tudo o que gostaria, mas estamos avançando. Estamos conquistando reconhecimento nacional e internacional, estamos definindo projetos e programas que podem ter alguma repercussão e algum sucesso. Enfrentamos muitas dificuldades, mas de modo geral eu diria que estou contente com o que tem acontecido.

Desafios - Qual seu maior sonho no momento?
Hildebrando -
Meu sonho, agora, é conseguir que parte dos vultosos investimentos que serão aplicados em Rondônia na construção de duas grandes hidrelétricas, no rio Madeira, seja dirigida também para a área de saúde. Estamos apresentando ao Ministério da Saúde e às empresas privadas responsáveis pelas obras um projeto. Temos a ambição de controlar a malária em todo o vale do rio Madeira, utilizando os conhecimentos de que já dispomos sobre a origem da infecção e os processos de transmissão. Esse é o meu sonho para os próximos anos.

 
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