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História - Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto - Usinas nucleares de Angra dos Reis mostram outro lado da matriz energética brasileira

2010 . Ano 7 . Edição 63 - 19/11/2010

Usinas nucleares de Angra dos Reis mostram outro lado da matriz energética brasileira. Usina de Angra 3 deve entrar em funcionamento em 2014


A pesar do grande potencial hidrelétrico do Brasil, que abriga a segunda maior usina hidrelétrica do mundo, a de Itaipu (localizada na divisa entre o Brasil e o Paraguai), o país também possui um programa nacional de energia nuclear que é bastante antigo. Ele remete à década de 1950, com a criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), liderado na época pelo Almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva, pesquisador pioneiro da tecnologia nuclear no Brasil.

O almirante e pesquisador dá nome à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAA), localizada às margens da rodovia Rio-Santos, no município de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, e formada pelo conjunto das usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e Angra 3, de propriedade da Eletronuclear, subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobrás. As razões determinantes dessa localização foram a proximidade dos três principais centros de carga do Sistema Elétrico Brasileiro (São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro), a necessária proximidade do mar, e a facilidade de acesso para os componentes pesados, como o urânio - fundamental para o ciclo nuclear.

A primeira usina nuclear brasileira opera com um reator do tipo PWR (Pressurizer Water Reactor, ou reator à base de água pressurizada, na sigla em inglês), que é o mais utilizado no mundo. Desde 1985, quando entrou em operação comercial, Angra 1 gera energia suficiente para suprir uma capital do tamanho de Vitória ou Florianópolis, com 1 milhão de habitantes. Esta primeira usina nuclear foi adquirida sob a forma de contrato conhecida por "turn key", ou seja, como um pacote fechado, que não previa transferência de tecnologia por parte dos fornecedores.

Já Angra 2 é fruto de um acordo nuclear Brasil-Alemanha. A construção e início da operação ocorreram conjuntamente à transferência de tecnologia para o Brasil, o que levou também a um desenvolvimento tecnológico próprio, do qual resultou o domínio sobre praticamente todas as etapas de fabricação do combustível nuclear.

A segunda usina nuclear, que opera desde 2000, possui um reator tipo PWR e sua potência nominal é de 1350 MW. Angra 2, sozinha, poderia atender ao consumo de uma área do tamanho da região metropolitana de Curitiba, com dois milhões de habitantes. Como tem o maior gerador elétrico do hemisfério Sul, o segundo empreendimento da CNAA contribui decisivamente com sua energia para que os reservatórios de água que abastecem as hidrelétricas sejam mantidos em níveis que não comprometam o fornecimento de eletricidade da região economicamente mais importante do país, o Sudeste.

Angra 3 será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. Prevista para entrar em operação em 2014, a nova usina terá uma potência bruta elétrica de 1.405 MW, podendo gerar cerca de 10,9 milhões de MWh por ano - energia equivalente a um terço do consumo do estado do Rio de Janeiro - e será similar a Angra 2.

O terceiro empreendimento da CNAA obteve, em maio de 2010, sua licença de construção, emitida pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). Até então, só haviam sido realizadas obras de preparação do terreno e de instalações administrativas. Com a licença, a Eletronuclear, responsável pela gestão da usina, pode dar início às obras que envolvem o prédio do reator.

Segundo a CNEN, esta semelhança com o projeto de Angra 2 permitiu uma redução nos custos de licenciamento da obra. Em geral, o licenciamento de uma nova usina custa US$ 100 milhões. O de Angra 3 saiu por cerca de US$ 20 milhões. O próximo passo na construção é a obtenção da licença de carga de material nuclear, que só deve ocorrer a partir de 2014, quando a obra estiver praticamente concluída.

A solução da crise ambiental no mundo passa pela reformulação da matriz energética, tanto nos países grandes emissores tradicionais, como os Estados Unidos, quanto nos de rápido desenvolvimento, como a China e a Índia. Uma das mais importantes fontes de energia, não geradora de gases de efeito estufa, é a nuclear.

 
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