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Estudo brasileiro recomenda antecipação de segunda dose de vacina para combater variante delta

Nova ferramenta tecnológica indica que o prazo entre aplicações do imunizante da AstraZeneca contra o coronavírus deve ser inferior às 12 semanas inicialmente previstas

Flavio Lobo

Com base nas evidências disponíveis acerca da eficácia do imunizante da AstraZeneca contra a variante delta do coronavírus, algoritmo criado por pesquisadores do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) aponta a necessidade de encurtamento do prazo entre doses no esforço de contenção dessa cepa viral.

Feita para gerar estimativas com o máximo de segurança e precisão, essa ferramenta tecnológica é fruto de parceria entre o CeMEAI, sediado no campus da Universidade de São Paulo em São Carlos, e o grupo ModCovid-19, integrado por pesquisadores da Unicamp, Fundação Getúlio Vargas e outros campi da USP. Alimentado com dados acerca da eficácia da vacina da AstraZeneca – que até este momento é o imunizante contra Covid-19 mais aplicado no Brasil – em relação à variante delta, o modelo projetou o intervalo ideal entre doses.

O resultado do estudo evidencia a importância de um esforço para redução do prazo de 12 semanas previsto incialmente – quando a situação relativa à disponibilidade de doses, à cobertura vacinal da população e às variantes virais em circulação no país justificava priorização da aplicação da primeira dose no maior número possível de pessoas.

Em notícia publicada pela assessoria de comunicação da CeMEAI, um dos autores do estudo, Paulo José da Silva e Silva, informa que o modelo matemático tem código aberto e está disponível para quem quiser utilizá-lo. Segundo o pesquisador, trata-se de uma colaboração para o aprimoramento do combate à pandemia no Brasil e no mundo. A publicação pela Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, de artigo descrevendo a ferramenta e apresentando resultados, assinado por Silva e outros quatro autores vinculados a instituições de pesquisa brasileiras, aponta efetivamente nessa direção.

Acessar a notícia da assessoria da CeMEAI clicando aqui.

Para o artigo publicado na PNAS, clique aqui.