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Modelo matemático prevê quase 440 mil mortes por Covid-19 na América Latina

Modelo desenvolvido na Universidade de Washington ajuda a estabelecer dados concretos e predizer em que momento haverá uma demanda maior por leitos hospitalares

O Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME) da Universidade de Washington (EUA) criou um modelo que prediz como será a propagação da Covid-19 em diversos países do mundo. Desenvolvido por Rafael Lozano, diretor de sistemas de saúde do IHME, o modelo trabalha com base em três cenários, considerando medidas adotadas por países ou regiões para projetar quantas pessoas serão infectadas ou morrerão da doença causada pelo novo coronavírus.

De acordo com cálculos do IHME, em 1º de outubro a América Latina e o Caribe somarão 438 mil mortes. Com base nas diferentes variáveis, o modelo ajuda a estabelecer dados concretos e predizer em que momento haverá uma demanda maior por leitos hospitalares, considerando elementos como o número de pessoas que circulam pelas ruas, quando as normas de distanciamento social entraram em vigor, o grau de aceitação destas normas e a proporção da população usando máscara.

Segundo noticiou a BBC, o modelo do IHME, o Brasil deve superar 166 mil mortes, chegando a 88 mil no México, enquanto Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala e Peru ultrapassarão a barreira das 10 mil mortes.

Em junho, América Latina e Caribe se tornaram o novo epicentro da pandemia, depois de China, Europa e EUA ocuparem esse posto. Se consideradas as mortes por Covid-19 registradas no fim de junho, morriam cerca de 5 mil pessoas no mundo por dia, sendo que, a cada 10 mortes, duas ocorriam no Brasil e três em outros países da América Latina e do Caribe. 

IHME BBC