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Transmissão do coronavírus aumenta no Brasil, alerta estudo inglês

Pesquisa realizada em 56 países que apresentam transmissão ativa do novo coronavírus ressalta que notificação de casos e óbitos no país está sendo alterada rapidamente

O Imperial College, de Londres, anunciou nesta semana que o contágio do coronavírus está mais acentuado no Brasil, de acordo com uma pesquisa da instituição, segundo a qual a taxa de transmissão da Covid-19 no país está agora em 1,11, ou seja, cem pessoas contaminadas podem levar o Sars CoV-2 a 111 saudáveis.

O número é superior ao levantamento anteriormente divulgado, que apresentava índice de 1,03, ou seja, a cada cem infectados, 103 eram contaminados pelo novo coronavírus no país. Segundo os cálculos do estudo inglês, esses 111 contaminados transmitem a Covid-19 para outros 123,21, que por sua vez infectam mais 136,76, disseminando o vírus de maneira rápida e crescente.

A pesquisa do Imperial College foi realizada em 56 países que apresentam transmissão ativa do novo coronavírus, e ressalta que a notificação de casos e óbitos ocasionados pela pandemia no Brasil está sendo alterada rapidamente, pois quando o contágio é reduzido, a população tende a ficar mais exposta, o que faz com que o índice de contágio aumente novamente.

O estudo aponta que medidas mais flexíveis para o comércio podem fazer com que o índice de contaminação aumente nas próximas duas semanas.

Além do Brasil, outros países sul-americanos apresentam taxa acima de 1: a Argentina, que caiu de 1,37 para 1,13; a Colômbia, que desceu de 1,45 para 1,19; e a Bolívia, que subiu de 1,23 para 1,5. O Equador aparece com 1,39. Enquanto isso, dois países que mostram velocidade decrescente de contágio são o Peru, com 0,99; e o Chile, onde a taxa caiu de 0,87 para 0,75.