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Estimativas de reservas internacionais ótimas sob baixos níveis de dívida externa de curto prazo

Por Christian Vonbun

Esta Nota Técnica mostra o cálculo do nível ótimo de reservas internacionais para o Brasil no período entre o primeiro trimestre de 2004 e o primeiro de 2022, por meio da metodologia proposta por Jeanne e Ranciére (2011). Essa abordagem baseia-se em modelo microfundamentado de determinação de reservas ótimas que considera o uso das reservas como um seguro contra eventos extremos e relativamente raros de paradas súbitas de fluxos de financiamentos externos para a rolagem de dívidas de curto prazo.

Os valores ótimos das reservas internacionais são estimados sob diversos cenários para os principais parâmetros do modelo. De acordo com os resultados obtidos, o nível de reservas observado recentemente no Brasil parece encontrar-se substancialmente acima do nível ótimo em todos os cenários considerados, o que levaria a custos desnecessários para o país.

Entre as limitações do modelo, cabe destacar que não são considerados os efeitos das reservas sobre os spreads pagos internacionalmente e sobre a percepção de risco do país. Além disso, ainda que a maior parte dos usos das reservas internacionais possa ser reduzida a um conceito de seguro, é inegável que a opção de usar reservas para fazer intervenções discricionárias e com objetivos diversos, como, por exemplo, afetar a volatilidade cambial, também podem ser objetivos válidos. Contudo, esses objetivos não são considerados no modelo de Jeanne e Ranciére, de modo que sua consideração explícita requer pesquisas adicionais.​

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