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Crescimento e Produtividade da Agricultura Brasileira de 1975 a 2016

Por José Garcia Gasques, Mirian Rumenos Piedade Bacchi e Eliana Teles Bastos

Esta nota técnica tem por objetivo analisar as principais fontes de crescimento da agricultura brasileira e atualizar uma série de dados sobre a produtividade total dos fatores (PTF). Com a divulgação pelo IBGE no final de 2017 das pesquisas Produção Agrícola Municipal (PAM) e Produção da Pecuária Municipal (PPM), foi possível atualizar até 2016 uma série que compreende o período de 41 anos abrangendo 1975 a 2016.

A produtividade total dos fatores tem sido a principal fonte empurrando o crescimento do produto agropecuário. Cresceu no período de 1975 a 2016 à taxa anual de 3,08%. Observando o resultado do crescimento da PTF, do crescimento do produto e do crescimento dos insumos, vê-se que a produtividade foi responsável por 80,6% do crescimento do produto agropecuário. Para o período de 2000 a 2016, a produtividade respondeu por 76,4% do crescimento do produto. A comparação do crescimento da produtividade entre décadas mostra que a de menor crescimento foi a de 1980, com crescimento anual de 2,27%, e a de maior crescimento foi a década de 2000, com crescimento da PTF de 3,20%.

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Aumento da Ociosidade da Capacidade Produtiva e Redução do Crescimento Potencial no Período Recente

Carta de Conjuntura nº 30

Por José Ronaldo de Castro Souza Júnior

A redução do nível de atividade econômica e, mais intensamente, da formação bruta de capital fixo (FBCF) trazem à tona duas questões importantes. A primeira é sobre o grau de ociosidade da capacidade produtiva brasileira e a segunda é sobre o impacto da redução dos investimentos sobre o crescimento do produto potencial. Enquanto o aumento da ociosidade da capacidade produtiva abre espaço para que o produto cresça acima de seu potencial quando houver uma retomada do crescimento, a redução do crescimento do produto potencial pode dificultar uma retomada mais forte e prolongada da economia brasileira.

Os resultados, nos gráficos 5 e 6, mostram que a redução recente do PIB gerou um hiato de quase 7%, valor bastante elevado e que permitiria que a recuperação da atividade econômica ocorresse mesmo com os baixos níveis de investimento verificados atualmente. O aumento da ociosidade também é visto em indicadores mais restritos, como o Nuci da indústria de transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tal ociosidade disponibiliza capacidade de oferta para uma retomada do crescimento econômico que, para ser mantido, teria de ser acompanhado por uma expressiva retomada dos investimentos em capital fixo e de uma melhora da eficiência da economia. A oferta de mão de obra, por sua vez, tende a continuar seguindo uma tendência de desaceleração devido à dinâmica demográfica prevista para os próximos anos e décadas.

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