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Setor Externo

Carta de Conjuntura nº 34

 Por Marcelo José Nonnenberg

O comércio exterior brasileiro parece estar entrando em um novo ciclo de preços. Nos últimos 12 meses, os preços das exportações começam a dar mostras de forte recuperação. Esse aumento é mais intenso nas commodities, mas é observado também nos demais produtos de exportação. Ao mesmo tempo, os preços das importações se mantêm constantes, causando uma expressiva melhora dos termos de troca. Por outro lado, a taxa de câmbio vem se valorizando, com efeitos opostos sobre as exportações e as importações.

No acumulado do ano até fevereiro, as exportações cresceram 23,6%, principalmente devido ao aumento de 41,7% dos básicos. Esse crescimento, por sua vez, reflete tanto um aumento generalizado dos preços de exportação quanto um aumento das quantidades exportadas de básicos e semimanufaturados. Já as importações cresceram 12% no acumulado do ano, devido basicamente ao aumento de 22,6% dos produtos intermediários, em especial dos produtos agrícolas e alimentícios.

O déficit em transações correntes caiu fortemente entre 2015 e 2016, passando de US$ 59,4 bilhões para US$ 23,5 bilhões. A queda do déficit corrente em 2016 foi devida, principalmente, ao aumento do superávit comercial em US$ 27,4 bilhões, ao mesmo tempo em que o déficit da conta Serviços experimentou uma redução de US$ 6,5 bilhões com relação a 2015. Já o déficit da conta de Renda Primária manteve-se razoavelmente constante, alcançando US$ 41,0 bilhões em 2016. Em janeiro deste ano, esse valor foi um pouco superior ao verificado no mesmo mês do ano passado, atingindo US$ 5,3 bilhões. Em compensação, o ingresso líquido de capitais externos também caiu bastante em 2016, na comparação com o ano anterior. O saldo da Conta Capital e Financeira passou de US$ 55,6 bilhões em 2015 para US$ 16,4 bilhões em 2016, uma queda de US$ 39,2 bilhões. Apesar de essa queda ser maior do que a observada na Conta de Transações Correntes, é preciso lembrar que a Conta Erros e Omissões também cresceu fortemente em 2016.

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Setor Externo

CARTA DE CONJUNTURA Nº 33

Por Fernando José da S. P. Ribeiro

Os dados mais recentes do deficit em transações correntes sugerem um estancamento do movimento de ajuste das contas externas, o que não surpreende, tendo em vista que, em pouco mais de um ano, o deficit teve redução de mais de US$ 70 bilhões, ou 4% do Produto Interno Bruto (PIB). Na verdade, nos últimos meses observou-se um pequeno aumento do deficit na margem, que tem variado entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões, em valores anualizados, após atingir um mínimo de cerca de US$ 10 bilhões em maio. O deficit caminha para fechar o ano em cerca de 1% do PIB, abaixo da média histórica de 1,8% do PIB. Novas reduções do deficit, ou mesmo o alcance de um resultado superavitário nas transações correntes, dependeriam de um desempenho das exportações mais dinâmico que o verificado até o momento.

Paralelamente, encontra-se certa recuperação das entradas de capital no país, principalmente em função do crescimento dos investimentos estrangeiros diretos (IED), garantindo um quadro confortável para o financiamento do deficit em transações correntes. No trimestre de agosto a outubro último, o IED alcançou uma média mensal de US$ 7 bilhões, cerca de US$ 2 bilhões acima da média que prevaleceu entre janeiro e julho. Considerando os resultados obtidos até alguns anos atrás, o saldo total da conta financeira, contudo, permanece bem inferior, especialmente em função da redução das aplicações de investidores externos em títulos de dívida do país. Esse movimento se refere tanto aos títulos negociados no mercado doméstico – que são contabilizados como investimento em carteira e que tiveram saldo líquido negativo de US$ 21,5 bilhões no ano – quanto aos negociados no mercado externo, cujas novas emissões tiveram queda de 34,9% comparadas a igual período do ano passado, somando US$ 40 bilhões, valor insuficiente para cobrir as amortizações realizadas.

O aumento recente do deficit deve-se, principalmente, à redução do superavit comercial, que, por sua vez, resulta da perda de fôlego das exportações. Estas iniciaram o ano crescendo bem, passando de cerca de US$ 15 bilhões/mês para quase US$ 16 bilhões na série livre de efeitos sazonais, mas retornaram para o patamar de US$ 15 bilhões nos meses seguintes. Entre fevereiro e maio o quantum total exportado cresceu de maneira acelerada, acumulando alta de 9,2% na série dessazonalizada. Entretanto, o cenário alterou-se nos meses seguintes. Entre junho e outubro a série dessazonalizada do quantum total de exportações acumulou queda de 21,5%, o que representou um retorno ao patamar que prevalecia no final de 2014. Os números de novembro representaram um alento, com as exportações voltando ao patamar de US$ 16 bilhões, mas é cedo para afirmar que esteja em curso uma nova recuperação do dinamismo exportador.

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Setor Externo

CARTA DE CONJUNTURA Nº 32

Por Fernando José da S. P. Ribeiro

A redução do deficit em transações correntes em 2015-2016 ocorreu de forma bastante rápida e intensa. Em cada um dos meses entre abril de 2015 e maio de 2016, a redução do deficit em transações correntes em comparação aos mesmos meses do ano anterior foi superior a US$ 2,5 bilhões, alcançando um ponto máximo em dezembro de 2015, quando a redução interanual chegou a US$ 9 bilhões. Ao acumular as quedas observadas em cada um desses meses chega-se ao montante de US$ 72 bilhões, equivalente a cerca de quatro pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB). A maior parte da redução do deficit deveu-se à balança comercial, cujo saldo acumulou ganho de US$ 45 bilhões no período considerado.

Comparando-se a trajetória recente do deficit em transações correntes com a verificada nos dois últimos grandes ajustes de balanço de pagamentos enfrentados pelo país − no início dos anos 1980 e no final dos anos 1990 −, observa-se que a velocidade do ajuste atual é praticamente idêntica à do início da década de 80, mas muito mais rápido que a do período iniciado em 1999. A explicação para a diferença de comportamento do deficit no episódio atual em comparação ao iniciado em 1999 parece recair na dinâmica da atividade econômica. Do final de 2014 até o segundo trimestre de 2016 o PIB teve redução acumulada de quase 7%. Do final de 1998 até meados de 2000, ao contrário, o PIB teve crescimento acumulado de 4,5%. A maior semelhança entre os três episódios relaciona-se ao comportamento da taxa de câmbio, que teve forte desvalorização em todos os casos e certamente teve papel relevante para impulsionar o ajuste externo.

Os números mais recentes do balanço de pagamentos brasileiro mostram a continuidade do movimento de redução do deficit em transações correntes. No acumulado do ano até setembro, o deficit ficou em apenas US$ 13,6 bilhões, com redução de mais de 70% em comparação ao número do mesmo período de 2015. Contudo, já há sinais de certa estabilização do déficit na margem. Na verdade, não é exagero afirmar que o país já “completou” o ajuste de suas contas externas, no sentido de que o deficit em transações correntes já atingiu nível inferior à sua média histórica, que é de 1,8% do PIB. Nos 12 meses até setembro, ele situou-se em 1,3% do PIB, caminhando para fechar o ano em torno de 1% do PIB.

A queda do deficit é explicada principalmente pelo aumento espetacular do superavit comercial. Com efeito, a balança comercial brasileira vem registrando, desde o final de 2015, superavits comerciais bastante robustos, da ordem de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões ao mês e, no acumulado de janeiro a outubro, o superavit alcançou US$ 38,5 bilhões, três vezes mais que o número dos primeiros 10 meses de 2015. A melhoria da balança se deve principalmente a uma queda extraordinária das importações, de 22,7% no ano, mais que compensando o comportamento também negativo do valor exportado, que se reduziu em 4,6%. Merece destaque o comportamento do quantum de exportações, que acumulou alta de 7,6% no período janeiro-setembro em comparação ao mesmo período de 2015, voltando a crescer após anos seguidos de retração.

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Reavaliando a vulnerabilidade externa da economia brasileira: indicadores e simulações

CARTA DE CONJUNTURA Nº 32

Por Fernando José da S. P. Ribeiro

A história econômica brasileira é marcada por um comportamento cíclico do saldo em transações correntes (TC), com períodos de expressivo crescimento do déficit sendo seguidos por reversões que costumam levar o saldo para terreno positivo. Os últimos anos testemunharam a ocorrência de mais um desses ciclos.  Esse fenômeno evidencia que o país não tem sido capaz de sustentar um ritmo de crescimento econômico mais intenso sem que isso gere um déficit externo crescente que, mais cedo ou mais tarde, torne necessário realizar ajustes das transações correntes de forma a reduzir o déficit e trazê-lo de volta a patamares “normais“.

Em termos macroeconômicos, deficit em transações correntes equivale a um excesso de investimento sobre poupança doméstica, ou a um crescimento mais rápido da demanda que da oferta doméstica de bens e serviços. No caso brasileiro, períodos de aceleração do investimento confrontam-se com uma taxa de poupança cronicamente baixa − nos últimos 70 anos, ela ficou quase sempre abaixo de 20% do PIB – exigindo volumes elevados de financiamento externo e, em consequência, a acumulação de um crescente passivo externo. Essa é a essência do problema da vulnerabilidade externa, problema crônico na história do país e que permanece sendo um limitador importante do crescimento econômico brasileiro no longo prazo.

Uma Nota Técnica da Carta de Conjuntura n. 32 resume os resultados de dois estudos mais extensos publicados pelo Ipea, que abordam a questão da vulnerabilidade a partir de duas vertentes de análise. O primeiro estudo baseia-se na análise de um amplo conjunto de indicadores que ajudam a identificar em que medida o país corre risco de enfrentar dificuldades de financiamento do balanço de pagamentos, redundando na necessidade de reversão do déficit em transações correntes ou, em uma situação mais extrema, em uma crise cambial.

O segundo estudo enfatiza o comportamento dinâmico das contas externas, focando na avaliação de possíveis trajetórias futuras do saldo em transações correntes e do passivo externo líquido. A metodologia consiste em projetar os valores futuros dessas duas variáveis a partir de hipóteses acerca da evolução de variáveis como as taxas de crescimento anuais das exportações e importações de bens e serviços, das taxas de remuneração dos ativos e passivos externos e da taxa de crescimento real do PIB. Tal análise permite identificar quais são as combinações plausíveis dessas variáveis que garantiriam a solvência externa do país no longo prazo.

Sinteticamente, os indicadores mostram que o país encontra-se, hoje, em uma situação razoavelmente confortável com relação à vulnerabilidade externa, especialmente em virtude da acumulação de um grande volume de reservas internacionais e de um perfil mais favorável do financiamento externo, que reduz os riscos associados a eventuais problemas de liquidez externa. Mas o comportamento não tão favorável dos fluxos do balanço de pagamentos evidencia que o país ainda tem dificuldade para sustentar períodos prolongados de crescimento da economia em função do desequilíbrio das contas externas, especialmente em função do baixo dinamismo das exportações de bens manufaturados. As simulações de  trajetórias possíveis do saldo em transações correntes e do passivo externo líquido nos próximos 15 anos evidenciam que, sob hipóteses que basicamente replicam o comportamento dos diversos componentes das contas externas das últimas duas décadas, o país deverá enfrentar no futuro o mesmo problema que marcou seu passado: um novo ciclo de elevação do deficit em transações correntes e do passivo externo líquido que, provavelmente, redundará na necessidade de um novo ajuste, com as conhecidas consequências negativas sobre a economia − recessão, desvalorização cambial, aceleração da inflação etc.

Portanto, ainda que o país viva uma situação de baixa vulnerabilidade externa no curto prazo, o objetivo mais importante ainda está longe de ser alcançado: reduzir a vulnerabilidade externa de maneira mais perene e estrutural e compatibilizar crescimento econômico sustentado com equilíbrio das contas externas. O problema fundamental reside no desempenho das exportações de bens, especialmente os manufaturados. Enfatiza-se, assim, a necessidade de desenvolver esforços em duas direções, com o intuito de viabilizar um crescimento mais acelerado das exportações: (i) elevação de investimentos em bens comercializáveis, o que implica também esforços de aumento da poupança doméstica para financiar esse investimento; e (ii) medidas de cunho macro e microeconômico visando ganhos de produtividade e competitividade que permitam ao país ganhar espaço nos mercados internacionais de bens industriais. Somente assim seria possível suavizar os ciclos de expansão e retração do saldo em transações correntes e tornar sua trajetória (e, consequentemente, também a do passivo externo líquido) mais equilibrada e compatível com a sustentação de uma taxa de crescimento razoável do PIB no médio e no longo prazo.

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Setor Externo

Carta de Conjuntura nº 31

 Por Marcelo José Nonnenberg

Após forte desvalorização cambial ocorrida no segundo semestre de 2015, o real voltou a se valorizar este ano, tendo registrado uma relativa estabilidade em abril e maio. O contínuo aumento do superavit comercial tem sido uma das poucas notícias favoráveis na economia brasileira nos últimos meses. De fato, o superavit alcançou um recorde em maio deste ano, de US$ 6,4 bilhões e, no acumulado do ano, de US$ 19,7 bilhões, quando em igual período de 2015, este valor foi de US$ 2,3 bilhões negativos. Na margem, o crescimento deste saldo vem resultando tanto do aumento das exportações quanto da redução das importações. No acumulado do ano, as exportações ainda registram uma pequena queda na comparação com o mesmo período de 2015, mas, pelo critério das médias diárias dessazonalizadas, o valor de maio já é cerca de 9,9% superior ao registrado em janeiro, enquanto as importações caíram 4,9% na mesma base de comparação. Vale notar, também, que todas as categorias de produtos das exportações registraram aumento nos últimos meses.  E que o crescimento das exportações medidas em dólares tem sido ajudado, nos últimos meses, pelos preços de exportação, principalmente de produtos básicos, que passaram a acompanhar o crescimento das quantidades exportadas.

 O deficit em transações correntes também retrocedeu significativamente nos quatro primeiros meses do ano, em comparação com igual período de 2015, passando de US$ 31,9 bilhões para US$ 7,2 bilhões no período. Esse movimento resultou, em grande parte, do saldo comercial, que passou de um deficit de US$ 5,5 bilhões para um superavit de US$ 12,4 bilhões. Contribuiu também a conta de serviços, cujo deficit passou de US$ 13,6 bilhões para US$ 8,7 bilhões no período.

 Ao mesmo tempo, o ingresso líquido na Conta Capital e Financeira caiu de US$ 32,2 bilhões para apenas US$ 5,3 bilhões. Os Investimentos Externos aumentaram o ingresso líquido, passando de US$ 10 bilhões para US$ 21,1 bilhões, seja por conta de menores investimentos brasileiros no exterior, seja por maiores aportes de investidores no país. Contudo, apesar do aparente aumento do apetite dos investidores estrangeiros por empresas brasileiras, o aumento do risco país tem afugentado os empréstimos externos e as aplicações de curto prazo. Assim, os Investimentos em Carteira retrocederam em US$ 29,2 bilhões no período e os Outros Investimentos sofreram queda de US$ 13,9 bilhões.

Para o ano de 2016, as projeções mais recentes do mercado financeiro apontam para um superavit comercial próximo a US$ 50 bilhões e um deficit em conta corrente de cerca de US$ 15 bilhões.  Supondo um ingresso de capitais entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões, um pouco abaixo da mais recente previsão do Banco Central (de US$ 25 bilhões), as reservas internacionais continuariam relativamente estáveis, próximas ou mesmo um pouco acima dos níveis atuais, de US$ 376 bilhões.

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Setor Externo

Carta de Conjuntura Nº 30

Por Marcelo Nonnenberg

A forte volatilidade cambial parece ter se arrefecido discretamente nos últimos 5 meses, após um período de grande instabilidade e com significativa desvalorização do real. Esses movimentos parecem estar fortemente correlacionados com a variação do risco país. Tanto a desvalorização cambial quanto a recessão estão provocando uma intensa mudança nas principais contas do Balanço de Pagamentos. A Balança Comercial vem apresentando superávits sucessivos desde março do ano passado. No acumulado do ano até fevereiro, passou de um déficit de US$ 6,0 bilhões em 2015 para um superávit de US$ 4,0 bilhões. Entre 2014 e 2015, o saldo comercial passou de um déficit de US$ 6,6 bilhões para um superávit de US$ 17,7 bilhões. O déficit da conta de serviços foi reduzido em US$ 11,1 bilhões e o da renda primária em 9,8 bilhões, no mesmo período. Desta forma, o déficit em conta corrente passou de US$ 104,2 bilhões em 2014, equivalente a 4,3% do PIB, para US$ 58,9 bilhões em 2015, ou 3,3% do PIB. Do lado da conta financeira, há uma redução em virtualmente todos os componentes, mas numa dimensão maior em Outros Investimentos, com queda de US$ 23,8 bilhões no ano passado e em Investimentos em Carteira, com queda de US$ 18 bilhões no ano passado. Nos dois primeiros meses deste ano, a redução dos fluxos líquidos de Outros Investimentos foi de US$ 3,6 bilhões e nos Investimentos em Carteira, de impressionantes US$ 22,5 bilhões. A maior parte desta queda foi em títulos de renda fixa. Em compensação, houve um forte aumento no saldo líquido de investimentos diretos em janeiro e fevereiro, num total de US$ 11,1 bilhões. Para 2016, enquanto o Banco Central prevê um déficit em transações correntes de US$ 41,0 bilhões, as projeções mais recentes do mercado financeiro, conforme o boletim Focus, já apontam para cerca de US$ 20 bilhões, em parte graças a um superávit comercial previsto de US$ 44 bilhões, contra US$ 30,0 bilhões na projeção oficial do Banco Central. Alguns analistas já preveem mesmo um saldo próximo a zero em conta corrente em 2016.

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